Foto: Ilustração / uso / madeira nobre

Conforme dados veiculados pelo site Painel Florestal, o Grupo Pothencia transferiu nessa semana sua sede administrativa para a cidade de Campo Grande-MS. Atuando nos segmentos de reflorestamento, tecnologia animal e irrigação por gotejamento, o grupo foi fundado em 2004, em Maringá, no Paraná, de onde comandava todas as operações do grupo. A mudança de sua sede para o Estado de Mato Grosso do Sul, é uma decisão de caráter estratégico, considerando os planos de expansão das atividades produtivas, foco da empresa hoje.

O diretor-presidente e fundador do grupo, Jarbas Leão Calheiros Magro, diz que a transferência da sede do Paraná para o Mato Grosso do Sul estava planejada desde a compra da primeira fazenda em Camapuã. “Temos que ficar mais próximos da nossa área produtiva e monitorar de perto a produção de mudas selecionadas e o desenvolvimento das florestas. Campo Grande tem uma localização estratégica e vamos investir ainda mais no Estado”, afirma.

A Empresa

O grupo investe em Mato Grosso do Sul desde 2007. É no Estado que está localizado o primeiro plantio de florestas de madeira nobre e o viveiro de mudas. Uma das fazendas, com 880 hectares, está localizada em Camapuã, há 138 quilômetros de Campo Grande. Na propriedade estão sendo cultivados mais de um milhão de árvores das espécies Canafístula, Guanandi e Ipê Rosa, que serão destinados para atender aos setores moveleiro, da indústria naval e da construção civil.

Em três anos e meio, o grupo já investiu cerca de R$ 12 milhões no Mato Grosso do Sul. O dinheiro foi aplicado na estrutura de viveiros, edificações, aquisição de fazendas, maquinários, sistema de irrigação e implantação e manutenção de florestas.

Investimentos

Para a próxima década, de acordo com o empresário, a meta é investir cerca de R$ 100 milhões, no Estado, incluindo os novos negócios na área de nutrição animal e em um inovador sistema de irrigação por gotejamento. “Nós queremos somar com todos os segmentos da cadeia produtiva da madeira. Até 2020, vamos chegar a 15 milhões de árvores plantadas e com uma fábrica em plena atividade, com capacidade para processar algo em torno de 280 mil metros cúbicos por ano. Vamos produzir painéis, que usam o eucalipto e pinus junto com a madeira nobre para a fabricação de móveis, pisos, itens para a construção civil, entre outros produtos, voltados para o mercado interno e para exportação”, ressalta.

O empresário explica que o Grupo Pothencia tem uma proposta inovadora, sendo o maior do Brasil, em número de árvores cultivadas, voltado para espécies de madeira nobre nativa das Américas. “Nossa proposta é semelhante ao que ocorreu com o eucalipto quarenta anos atrás. Desenvolvemos tecnologia para acelerar o crescimento de nossas árvores, aumentar a resistência a pragas e garantir homogeneidade da floresta. A diferença é que a nossa madeira consegue agregar mais valor e está sendo produzida para atender a um nicho de mercado específico”, reforça.