Em Mundo Novo, técnicos discutem construção de ponte férrea sobre o Rio Paraná
Investimento Público - Construção infra-estrutura
Foto: Moises Silva
Teve início há pouco uma audiência pública na Câmara Municipal referente ao projeto da Ferroeste, que vai ligar o município de Cascavel (PR) a Maracaju (MS). O objetivo da reunião é discutir a construção de ponte férrea, ligando a cidade de Mundo Novo ao município de Guairá (PR).
Participam da reunião, representando o governo de Mato grosso do Sul, o secretário de Obras e Transportes, Edson Giroto e o secretário do Meio Ambiente, das Cidades, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia, Carlos Alberto Negreiros. Os dois compõem a Comissão da Ferroeste. Além deles, integram a mesa Paulo Sérgio Passos, secretário executivo do Ministério dos Transportes; Marcelo Perrupato, secretário da Política Nacional de Transportes do Ministério dos Transportes; Rogério Walbach Tizzot, secretário estadual de Transportes do governo do Paraná, e Samuel Gomes dos Santos, diretor da Ferroeste.
“Esse projeto é antigo. A Ferroeste se encontra numa posição privilegiada e consolidada. O objetivo é criar estrutura logística para escoamento de toda a produção da região de Dourados e Maracaju até o Porto de Paranaguá, criando novas alternativas para exportar a produção. A ponte ferroviária entre Guaíra e Mundo Novo é de fundamental importância para os dois municípios, pois vai garantir entrepostos comerciais”, afirmou o secretário Carlos Alberto.
Já Edson Giroto afirmou que, se Mato Grosso do Sul não tiver uma logística bem fundamentada, não vai a lugar nenhum. “Estamos trabalhando com planejamento. Estamos buscando garantir um estado desenvolvido, consolidado. A Ferroeste simboliza esse caminho, visando garantir o escoamento da produção agrícola do Estado”, afirmou Giroto.
Participam da audiência os prefeitos Manoel Kuba (Guaira), Antonio Cavalcante (Mundo Novo), Sandra Cassone (Itaquiraí) e Carlos Cesar Haiter (Salto Del Guayrá, Paraguai). O objetivo da visita técnica é reunir sugestões sobre os possíveis locais para a construção da ponte e tomar conhecimento de estudos e projetos urbanísticos que interfiram diretamente no projeto. Nesta oportunidade, será formalizada agenda de trabalho entre a Comissão da Ferroeste e os municípios de Guaíra e Mundo Novo, visando adequar a legislação urbanística local das duas cidades às necessidades de construção da ferrovia e da ponte sobre o rio Paraná.
Projeto
A implantação do ramal ferroviário da Ferroeste no Estado vai garantir o escoamento da produção agrícola e das indústrias de Mato Grosso do Sul para outros países, por meio do Porto de Paranaguá (PR). A previsão é que sejam investidos cerca de R$ 2 bilhões na ferrovia, que terá aproximadamente 950 quilômetros de extensão. O projeto prevê utilização de recursos do governo federal e dos governos de Mato Grosso do Sul e do Paraná.
O governador André Puccinelli afirma que a ligação ferroviária de Maracaju com a cidade de Paranaguá vai acelerar o desenvolvimento econômico do Estado, barateando os custos do transporte, incentivando aumento da produção destinada à exportação. “A construção desta ferrovia vai transformar Mato Grosso do Sul em celeiro da região Centro-Oeste e do Brasil. Esse investimento vai baratear o custo do escoamento da produção agrícola, tornando o Estado mais competitivo”, ressalta o governador.
Atualmente, a Ferroeste tem 248 quilômetros e liga as regiões Oeste e Central do Paraná. A extensão da Ferroeste deve atrair mais cargas do Mato Grosso do Sul e abrir mais uma porta de entrada para produtos do Mato Grosso e do Paraguai até o Porto de Paranaguá, reduzindo custos da produção e aumentando a renda dos produtores.
O projeto da Ferroeste para a expansão da infra-estrutura do modal ferroviário paranaense, segundo o presidente da companhia, Samuel Gomes, "politicamente está resolvido". Os estudos de viabilização técnica e ambiental dos novos ramais darão base para que o projeto seja financiado.
Para entender o projeto de ampliação da ferrovia Cascavel-Guarapuava basta imaginar que o traçado vai ser estendido de Cascavel a Foz do Iguaçu, numa ponta, e de Guarapuava ao Porto de Paranaguá na outra ponta. Além disso, de Cascavel em direção ao Mato Grosso do Sul sairá um braço da ferrovia, passando por Guaíra, até Maracaju, passando por Dourados (MS).
História da Ferroeste
Construída pelo governo paranaense em parceria com o Exército brasileiro, durante o primeiro mandato do governador Roberto Requião, entre 1991 e 1994, a ferrovia custou na época US$ 360 milhões, pagos com recursos do Estado. O objetivo era atender os produtores do Oeste e possibilitar um meio barato de escoar a produção. Esse processo foi interrompido quando o governo Jaime Lerner concedeu a ferrovia à iniciativa privada.
O consórcio privado Ferropar (Ferrovia Paraná S/A), segundo o governo, não fez os investimentos previstos, não cumpriu as metas de transporte de cargas, nem pagou as parcelas estipuladas no contrato de concessão.
Em 2003, Roberto Requião determinou à diretoria da Ferroeste a retomada do controle da ferrovia. Desde então o advogado Samuel Gomes, diretor administrativo, jurídico e financeiro da empresa, ingressou com várias ações em juízo. A retomada da ferrovia pelo Estado ocorreu em 18 de dezembro de 2006.
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