Na primeira e segunda semanas de outubro (1º a 10), a balança comercial brasileira registrou superávit (diferença entre exportações e importações) de US$ 1,677 bilhão, com média diária de US$ 279,5 milhões. Por esse critério, o valor é 346% superior à média de outubro do ano passado (US$ 62,7 milhões) e 437% maior que a média de setembro deste ano (US$ 52 milhões).

Nos seis dias úteis do mês, as exportações somaram US$ 6,173 bilhões (média diária de US$ 1,028 bilhão) e as importações US$ 4,496 bilhões (média diária de US$ 749,3 milhões). A corrente de comércio (soma dos valores exportados e importados) do período foi de US$ 10,669 bilhões, o que significou negociações médias de US$ 1,778 bilhão por dia útil.

Nas duas primeiras semanas de outubro, a média diária das exportações foi 53,4% maior que a média registrada em outubro do ano passado (US$ 670,6 milhões). Neste comparativo, houve aumentos nas vendas das três categorias de produtos. Nos básicos (96,3%), os principais crescimentos foram em minério de ferro, minério de cobre, soja em grão, milho em grão, café em grão, fumo em folhas, carne bovina, de frango e suína. Nos semimanufaturados (27,9%), os destaques ficaram com ouro em forma semimanufaturada, semimanufaturados de ferro e aço, alumínio em bruto, couros e peles, celulose e açúcar em bruto. Nos manufaturados (26,5%), as maiores vendas foram de gasolina, aviões, açúcar refinado, bombas e compressores, automóveis de passageiros, polímeros plásticos, autopeças e óleos combustíveis.

Já em relação a setembro de 2010, quando a média diária das exportações brasileiras ficou em US$ 896,8 milhões, o crescimento foi de 14,7%, com aumento nas vendas de produtos básicos (20,2%), semimanufaturados (11,9%) e manufaturados (10%).

As importações, no mesmo período, ficaram 23,3% acima do registrado como média diária no mesmo mês do ano passado (US$ 607,9 milhões). Cresceram os gastos, principalmente, com cobre e suas obras (154,2%), siderúrgicos (62,7%), borracha e obras (49,5%), adubos e fertilizantes (35,2%), equipamentos mecânicos (25,6%) e plásticos e obras (21,8%).

Na comparação com o desempenho médio diário das importações em setembro deste ano (US$ 844,8 milhões), houve um decréscimo de 11,3%. Houve retração dos seguintes produtos: combustíveis e lubrificantes (-33,9%), equipamentos mecânicos (-18,5%), borracha e obras (-15,4%), farmacêuticos (-14,3%), veículos automóveis e partes (-13,6%) e aparelhos eletroeletrônicos (-11,4%).

Ano

De janeiro à segunda semana de outubro (194 dias úteis), as exportações chegaram a US$ 151,102 bilhões (média diária de US$ 778,9 milhões), desempenho 29,6% maior do que a média diária do mesmo período de ano passado (US$ 600,8 milhões).

Na mesma comparação, as importações cresceram 44,4%, ao saírem de uma média diária de US$ 487,6 milhões até a segunda semana de outubro de 2009, para US$ 704,4 milhões no mesmo período deste ano. De janeiro à segunda semana de outubro, o país registrou compras de US$ 136,648 bilhões, enquanto que, no mesmo período do ano passado, estas totalizaram US$ 94,6 bilhões.

O superávit comercial acumulado no ano foi de US$ 14,454 bilhões (média diária de US$ 74,5 milhões), valor 34,2% menor que o saldo médio diário apresentado no mesmo período do ano passado (US$ 113,2 milhões).