‘Temos de repensar o setor petroquímico’, diz Ivan Monteiro
Brasil - Economia - Possível Mudança
Foto: Divulgação
A Petrobrás avalia uma possível mudança de rota no setor petroquímico. Em entrevista ao Estadão/Broadcast, o presidente da estatal, Ivan Monteiro, afirmou que a ideia é aproveitar o atual debate sobre o futuro da Braskem, da qual é sócia, para repensar o papel da petroleira no segmento como um todo.
No fim de 2016, a Petrobrás anunciou plano estratégico que previa abandonar “integralmente” investimentos em quatro áreas, entre elas a petroquímica. Desde então, suspendeu a construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), vendeu a Petroquímica Suape, em Pernambuco, e começou a se movimentar para se desfazer de sua fatia na Braskem, onde divide o controle com a Odebrecht.
Sob nova gestão desde junho, após Pedro Parente sair da empresa na esteira da greve dos caminhoneiros, a Petrobrás decidiu aprofundar estudos no tema. O setor petroquímico “é importante na composição das grandes petroleiras”, disse Monteiro.
O executivo afirmou ainda que a greve dos caminhoneiros deixou duas lições: a de que a estatal “é feita para os clientes” e que suas ações “influenciam a sociedade”. Além disso, reforçou que o nível de endividamento da empresa ainda não é saudável. “A gente ainda tem de melhorar muito.”
A seguir os principais trechos da entrevista:
A Petrobrás anunciou lucro de R$ 10 bilhões no 2º semestre. O grau de investimento pode voltar?
Já houve recuperação nos ratings das três agências. Mas as métricas de endividamento da Petrobrás ainda são muito elevadas, muito acima da média da indústria. A gente ainda tem de melhorar muito.
A alta do preço do barril do petróleo tira a Petrobrás da crise?
O preço do petróleo Brent sozinho não vai tirar a Petrobrás da crise, se ela não se preparar para colher os benefícios desse nível de petróleo mais elevado. De 2011 a 2014, o preço do petróleo era o dobro do que é hoje. Tem sido possível capturar esse benefício porque a empresa se preparou para isso.
Como está o projeto de venda da participação na Braskem?
A gente está aguardando o resultado das negociações entre o Grupo Odebrecht e o LyondellBasell (empresa holandesa que negocia compra da participação da Odebrecht na Braskem). A gente fez um seminário interno, liderado pelo comitê de assessoramento ao conselho de administração. Estamos aumentando o nível de conhecimento para saber qual vai ser o nosso posicionamento. Não em relação à Braskem, mas em relação ao setor petroquímico.
A Petrobrás voltará a ter mais interesse no setor petroquímico?
Esse setor é importante na composição das grandes petroleiras. Como a Petrobrás vai ter de se posicionar em relação à Braskem, é bom que se posicione em relação ao segmento como um todo. (A discussão) foi acelerada. É como se a gente pegasse um pedacinho do plano (a ser divulgado no fim do ano) e discutisse agora.
A greve dos caminhoneiros foi um divisor de águas para a direção da empresa?
Ninguém esperava que a greve tivesse a dimensão que teve. Ficou uma lição grande. A atuação da Petrobrás, em especial no segmento de refino, influencia a sociedade. Ela é feita para consumidores e clientes. Esse impacto a Petrobrás tem de levar em consideração. Seria o grande aprendizado dessa greve. Essa noção de que a Petrobrás existe para atender um consumidor e um cliente é algo importante.
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