Segunda-Feira 09/06/2025 08:15

Operação no Rio prende 34 acusados de violência contra a mulher

Brasil - Polícia - Violência Contra a Mulher


Tomaz Silva/Agência Brasil/Agência Brasil

Deflagrada na manhã de hoje (7) para marcar os 12 anos da Lei Maria da Penha, a Operação da Polícia Civil em Defesa da Mulher prendeu, até as 12h, 34 acusados que tinham mandados em aberto. A operação foi feita em conjunto pelas 14 Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (Deam) do estado e contou com 25 equipes que somaram 75 agentes em campo.

A delegada Gabriela Von Beauvais, titular da Deam-Rio, informou que os mandados são de prisão temporária, preventiva e de condenação, por crimes como lesão corporal, descumprimento de medidas protetivas, estupro, estupro de vulnerável e tentativa de feminicídio. No total, foram 53 mandados de prisão. Gabriela destaca que foi feito esse mutirão para dar visibilidade à data.

“Nós pedimos apoio redobrado para representar pelas prisões e tentar capturar os foragidos da Justiça. Queremos reforçar na data de hoje a importância de a mulher ir à delegacia e denunciar. Esse tipo de operação é para dar visibilidade, para mostrar a essa mulher que a Polícia Civil do Rio de Janeiro está em defesa dela, para protegê-la da violência doméstica”, disse Gabriela.

Para a delegada, a Lei Maria da Penha é um marco e ajudou a sociedade a repensar a violência contra a mulher: “Antes, o homem que agredia a mulher era considerado um covarde. Com a Lei Maria da Penha, ele é um criminoso e essa operação é para mostrar isso à sociedade".

A delegada contou que, quando começou a trabalhar na Delegacia da Mulher, há 8 anos, os casos que chegavam eram de mulheres que viviam há mais de uma década num ciclo de agressão e violência. Atualmente, a maioria das vítimas procura a delegacia depois de três ou quatro agressões.

“A agressão pode ser moral, patrimonial, sexual e física. A partir do primeiro xingamento, você já pode procurar a delegacia, fazer o registro de ocorrência e solicitar a medida protetiva. Não precisa ser lesão corporal. Nesse primeiro momento, a mulher já precisa procurar a delegacia, para que esse agressor não entre na escalada de crimes, que começa com um xingamento e infelizmente culmina no feminicídio”.

A delegada titular da Deam de Nova Iguaçu, Sandra Ornelas, avalia que o ciclo de violência contra a mulher começa na educação e nos papeis sociais culturalmente determinados para homens e mulheres: “Normalmente os homens que batem nas mulheres alegam ‘eu faço o meu papel, eu saio de madrugada, trabalho, chego em casa e a comida das crianças não está pronta, a minha comida não está pronta’. Então, há a cobrança dessas obrigações e a mulher é sobrecarregada, porque hoje ela não é só a mãe, não é só dona de casa, muitas vezes ela trabalha e, em algumas casas, é ela que sustenta a família. Quando isso acontece é pior ainda, porque o homem se sente ofendido no seu papel de homem de manter a família”.

Sandra destacou a importância da legislação, que durante muito tempo cultivou a figura da “defesa da honra”. “É por isso que hoje aquele que mata a mulher porque acha que foi traído não se sente um criminoso; ele se sente um cumpridor do seu papel, de defender a sua honra. Esse sentimento de honra do homem não é algo próprio; está ligado ao comportamento da mulher e firma-se na questão sexual, porque ele pensa: 'se ela me trocou por outro,  está questionando a minha capacidade sexual", exemplificou.

A delegada destaca também a importância de dar visibilidade para o feminicídio e adotar a nomenclatura, já que “se não tem nome, (o crime) não existe”. “Quando você dá o nome de feminicídio, você quer revelar que, ao contrário dos homens, a maioria das mulheres morre dentro de casa. Os homens, fruto desse papel social que criaram pra eles, essa masculinidade construída na violência, morrem na rua, numa disputa, numa briga na rua. Ao passo que a mulher morre dentro de casa, vítima daquele homem com quem ela escolheu viver”.

A delegada Gabriela lembra da dificuldade de se fazer a denúncia, já que o agressor é sempre íntimo da vítima. “São pessoas sempre muito próximas da vítima, fazem parte de sua convivência íntima. São homens que acreditam que não são criminosos, porque acham que, como a mulher é a mulher dele, porque ele coloca a mulher como objeto, ele pode fazer o que quiser com ela, o que não é verdade, porque o homem que agride a mulher é criminoso sim”.

Agência Brasil/JM

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