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Com o objetivo de assistir pessoas em situação de rua, o Município de Vitória (ES) conta com um projeto chamada Escola da Vida. Coordenada pela prefeitura, a Escola da Vida foi inaugurada em 2015 e conta com uma rede de serviços para promover a reinserção familiar, social e recuperação da autonomia das pessoas nessa situação. A unidade funciona na rodovia Serafim Derenzi, 4452, no bairro São José.
O trabalho é realizado de forma articulada, oferecendo acolhimento, tratamento de saúde, atendimento psicossocial, além de atividades socioeducativas e de capacitação.
Segundos dados divulgados pela prefeitura, em 2013, havia, em Vitória, mais de 700 pessoas em situação de rua. Hoje, são 285 pessoas nas ruas, mas todas elas são acompanhadas periodicamente, recebem atendimento em saúde, encaminhamentos para cursos e empregos e uma série de serviços que visam à superação dessa situação.
No espaço da Escola, os moradores de rua que já aceitaram alguns serviços da rede de proteção social desenvolvem diversas atividades coletivas e individuais, visando fortalecer a capacidade de expressão, autoconhecimento e autoconfiança, a partir de palestras sobre empreendedorismo, oficinas de projetos de vida, de criatividade e de liderança e de outras atividades, como rodas de conversas, exposições, cursos, entre outras.
"A Escola da Vida funciona na perspectiva da ressocialização da pessoa e de estímulo ao lado empreendedor, como forma de resgatar a autoestima e a autonomia. Se fossem apenas cursos de geração de renda e de capacitação, os resultados não seriam tão expressivos", explicou a secretária municipal de Assistência Social, Iohana Kroehling.
Experiências artísticas
Dentre as atividades oferecidas pela Escola da Vida, no início de 2018 foi realizada uma oficina de "Estratégias no Desenho", conduzida pelo artista plástico gravurista Luciano Feijão. Mais do que ensinar técnicas, a atividade apresentou aos alunos novas formas de expressão, utilizando materiais alternativos.
A oficina se desenvolveu em três etapas: na primeira, os alunos trabalharam com gaze; na segunda, pente de cabelo; e, na última, escova de dente.
Eles aprenderam a manusear o material para depois fazer os desenhos com a ajuda de uma referência fotográfica - uma foto ou uma ilustração - e o auxílio do professor.