Vendas do varejo caem 0,2% em fevereiro, aponta IBGE
Brasil - Economia - Comparação
Na comparação com fevereiro do ano passado, setor registrou avanço de 1,3%. Nos últimos 12 meses, comércio cresceu 2,8%, mas perdeu fôlego.
Foto: Super e hipermercados puxaram queda do varejo em fevereiro, após terem garantido alta do setor no mês anterior, segundo o IBGE. (Reprodução/TV Integração)
As vendas do comércio varejista brasileiro recuaram 0,2% em fevereiro na comparação com janeiro (com ajuste sazonal). Já na comparação com fevereiro de 2017, o faturamento avançou 1,3%, a 11ª alta seguida nesta base de comparação. Com isso, o setor acumula alta de 2,3% no ano. É o que aponta a Pesquisa Mensal de Comércio divulgada nesta quinta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No acumulado em 12 meses, entretanto, o ritmo de recuperação perdeu fôlego. Segundo o IBGE, as vendas do comério cresceram 2,8% em fevereiro nessa base de comparação, ante um avanço de 3,1% em 12 meses encerrados em janeiro.
Assim como a produção industrial de fevereiro, o resultado do comércio veio abaixo do esperado pelo mercado, mostrando uma reação ainda lenta da economia. A expectativa em pesquisa da Reuters era de alta de 0,8% na comparação mensal e de avanço de 3,5% sobre o mesmo mês do ano anterior.
O principal impacto negativo nas vendas do varejo na passagem de janeiro para fevereiro, segundo o IBGE, foi do setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que recuou -0,6%. A queda compensou o avanço que o setor havia registrado no mês anterior, que foi de 2,3%.
Os outros recuos significativos foram dos setores de "Tecidos, vestuário e calçados" (-1,7%) e "Outros artigos de uso pessoal e doméstico" (-0,8%). Ambos tinham avançado 0,8% e 7,3%, respectivamente, na passagem de dezembro para janeiro.
Tiveram aumento nas vendas na comparação com janeiro os setores de "Móveis e eletrodomésticos" (1,5%), "Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos" (0,8%); "Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação" (2,7%) e "Livros, jornais, revistas e papelarias" (1,6%).
Veja o resultado das vendas do varejo por segmento em fevereiro:
- supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,6%)
- tecidos, vestuário e calçados (-1,7%)
- artigos de uso pessoal e doméstico (-0,8%)
- combustíveis e lubrificantes (-1,4%)
- Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (2,7%)
- Livros, jornais, revistas e papelarias (1,6%)
- Móveis e eletrodomésticos (1,5%)
- Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,8%)
IBGE destaca trajetória de recuperação
Apesar da queda na comparação com janeiro, a gerente da pesquisa do IBGE, Isabella Nunes, destacou que o comércio varejista mantém trajetória de recuperação. O indicador que aponta para este cenário, segundo a pesquisadora, é o do acumulado em 12 meses.
"Sinaliza uma recuperação iniciada em outubro de 2016 em praticamente todas atividades”, afirmou. Isabella acrescentou que, entre as atividades, super e hipermercados é o que tem o maior impacto nesta recuperação.
Ainda segundo a pesquisadora, a comparação com o volume de vendas do varejo em fevereiro do ano passado também reforça a recuperação do comércio brasileiro. O crescimento de 1,3% completa um ciclo de 11 taxas positivas consecutivas nesta base de comparação. Ela ponderou, no entanto, que esta foi a mais baixa deste período. Em setembro, a alta chegou a 6,2%.
“Isso acontece porque temos uma recuperação do mercado de trabalho apoiada em ocupações informais, com menores rendimentos e benefícios limitados. Isso acaba influenciando o comércio também”, ressaltou Isabella ao comentar a perda de ritmo desta recuperação.
Ainda em relação ao menor ritmo na comparação com fevereiro de 2017, Isabella destacou que os impactos negativos foram dos setores de combustíveis e lubrificantes, livros, jornais, revistas e papelaria e tecidos, vestuário e calçados.
“Dentre eles, o combustível teve o principal impacto negativo pois o aumento de preços vem inibindo o consumo”, acrescentou a pesquisadora.
G1
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