Foto: Luciene Carvalho/Nova News

Menos de 24 horas depois, a Polícia Civil esclareceu a causa da morte de Maria Vilanir dos Santos, de 54 anos, encontrada morta em uma propriedade rural de Nova Andradina. Ao contrário da informação divulgada preliminarmente apontando o Bairro São Bento como local do fato, o caso aconteceu no Bairro Laranjal.

Segundo as informações a que o Nova News teve acesso, a elucidação aconteceu após a 1ª Delegacia de Polícia receber a informação que na Fazenda Boa Vista, no Bairro Laranjal, havia uma mulher morta em cima da cama de uma das residências do local.

Imediatamente uma equipe da SIG (Seção de Investigações Gerais) foi até a fazenda, juntamente com peritos, para fazer os levantamentos de praxe. Na propriedade rural constataram que a Maria Vilanir estava deitada, sem vida, sobre uma cama da residência.

De acordo com a Polícia Civil, na ocasião não foi possível constatar as circunstâncias que levaram ao óbito, bem como as informações prestadas pelos familiares da vítima não foram suficientes para qualquer conclusão. Assim, o corpo da vítima foi encaminhado para o IML (Instituto Médico Legal), para ser submetido ao exame necroscópico.

Em continuidade ao fato, as investigações se iniciaram visando a individualização de pessoas que conheciam a vítima, o seu modo de vida, possíveis problemas de saúde, seus amigos e parentes, dentre outros detalhes, visando elucidar as causas de sua morte.

Posteriormente, já no início da noite de domingo compareceu na delegacia, acompanhado de um advogado, C.A.S., de 50 anos, convivente com a vítima há 20 vinte anos, e esclareceu que um acidente no dia anterior seria a causa da morte da esposa.

Conforme contou à polícia, o marido disse que no início da noite do último sábado (31) ele estava manobrando um trator em uma propriedade rural, a pedido de um conhecido, para colocá-lo no local adequado, momento em que, sem notar, a vítima, subiu no estribo do maquinário, caiu e foi atropelada, sendo que tudo foi presenciado por testemunhas, que serão intimadas no momento oportuno.

Após perceber o atropelamento, ele disse que ajudou a esposa a se levantar e, em seguida, ambos foram andando até o automóvel em que estavam, um veículo Fiat Uno, e foram embora para a Fazenda Boa Vista, para descansarem. Chegaram a casa, conversaram normalmente, cuidaram de afazeres pessoais e foram se deitar.

Por volta das 22h30, o marido contou que a mulher não se mexia na cama e ela estava com o corpo muito gelado, ou seja, ela já estava morta. Imediatamente ligou para parentes, contudo não conseguiu completar as ligações, assim, ligou para a Polícia Militar e relatou que sua esposa estava morta dentro de casa.

Diante dos relatos e das provas até o momento obtidas, o delegado responsável pelo caso, Rafael de Souza Carvalho, disse que C.A.S. foi interrogado, indiciado e responderá pelo crime de homicídio culposo na direção de veículo automotor. “Ressalvando que foi liberado após o interrogatório para responder o crime em liberdade por não mais se achar em estado flagrancial, nos termos do que dispõe o Código de Processo Penal. Ademais, as investigações prosseguem visando obter maiores detalhes sobre o caso”, detalhou o delegado em nota enviada à imprensa nesta segunda-feira (2).