Rodovia que liga Dourados ao PR é uma das piores do país
Pesquisa - Trânsito / Rodovias Esquecidas do Brasil
Com 421 quilômetros de distância, a via ocupa o 4º lugar no ranking dentro dos dados colhidos durante 2004 a 2017 - Crédito: (Divulgação)
Pesquisa divulgada pela CNT (Confederação Nacional de Transportes) colocou a rodovia que faz ligação entre Dourados e Cascavel (PR) entre as 15 piores do Brasil. Com 421 quilômetros de distância, a via ocupa o 4º lugar no ranking dentro dos dados colhidos entre os anos de 2004 a 2017. O trecho em questão ainge a BR-163 no MS e PR, BR-467 (PR) e BR-272 (PR).
Em território sul-mato-grossense, a rodovia é de responsabilidade da iniciativa privada, incluindo cobrança de pedágio. Desde 2014 a CCR MSVia administra toda a extensão da BR-163 no Estado.
O estudo Rodovias Esquecidas do Brasil selecionou os destaques negativos entre 109 rodovias avaliadas pelo País. As 15 piores selecionadas compõem uma extensão de 6.134 km, em sua maioria sob gestão pública, e atravessam 178 cidades brasileiras.
De acordo com os dados, essas ligações concentram uma população de 8,72 milhões de pessoas, o que representa 4,2% da população brasileira, responsáveis por gerar, conjuntamente, um PIB (Produto Interno Bruto) de R$ 192,58 bilhões em 2015, o que representou 3,2% da renda bruta brasileira daquele ano.
Dados colhidos no ano passado apontam que na rodovia Dourados/Cascavel, a pavimentação da via não foi considerada satisfatória em 59,6% da via. Já no quesito sinalização, 55,6% da via possui comprometimento segundo o levantamento.
Na íntegra, o resumo sobre a área afirma que "os 14 municípios que estão sob a área de influência da Ligação Dourados (MS) - Cascavel (PR) possuíam, em 2015, um PIB total conjunto de R$ 9,34 bilhões. Além da relevância econômica dessa região, o município de Dourados (MS) possui uma posição geográfica privilegiada em termos de integração comercial com países vizinhos ao Brasil. A Pesquisa CNT de Rodovias 2017 identificou que em 59,6% da extensão desse trecho rodoviário não apresentavam acostamento e tinham desgaste, trincas e remendos no pavimento em 77,7% da malha. Em consequência, o Pavimento recebeu avaliação Regular, Ruim ou Péssimo em 59,6% da extensão, elevando em 29,4% o custo operacional do transporte rodoviário de carga. Entre 2004 e 2017, foram investidos especificamente na Ligação R$ 709,57 milhões pelo governo federal em intervenções que beneficiaram o trecho, melhorando em 8 posições a classificação dela no ranking da Pesquisa no mesmo período".
As principais recomendações da CNT para o trecho são "restauração dos 128 km nos quais a superfície do pavimento encontra-se em más condições, pintura dos 128 km onde a pintura da faixa central está desgastada, bem como os 138 km dos as faixas laterais apresentam desgastes ou estão ausentes. Também a instalação de placas e defensas nas curvas perigosas onde esses dispositivos, apesar de necessários, encontram-se ausentes e a construção de acostamento nos 32 km da Ligação que não o possuem".
Além desse percurso, Mato Grosso do Sul possui outro trecho em destaque na lista das 15 piores estradas. Em 14º lugar, a rodovia que liga Rio Brilhante a Porto Murtinho também apresentou classificações insatisfatórias.
Dentro de uma avaliação que indicou estado ‘regular, ruim ou péssimo’, 90% do estado geral da via gera insatisfação aos usuários.
Veja as 15 piores ligações rodoviárias entre 2004 e 2017:
1 - Açailândia (MA) – Miranda do Norte (MA)
2 - Araguaína (TO) – Picos (PI)
3 - Barracão (PR) – Cascavel (PR)
4 - Dourados (MS) – Cascavel (PR)
5 - Florianópolis (SC) – Lages (SC)
6 - Governador Valadares (MG) – João Neiva (ES)
7 - Jataí (GO) – Piranhas (GO)
8 - Maceió (AL) – Salgueiro (PE)
9 - Manaus (AM) – Boa Vista (RR) – Pacaraima (RR)
10 - Marabá (PA) – Dom Eliseu (PA)
11 - Marabá (PA) – Wanderlândia (TO)
12 - Poços de Caldas (MG) – Lorena (SP)
13 - Porto Velho (RO) – Rio Branco (AC)
14 - Rio Brilhante (MS) – Porto Murtinho (MS)
15 - Salvador (BA) – Paulo Afonso (BA)
INVESTIMENTOS
O estudo apontou que entre 2004 e 2017 o Governo Federal disponibilizou R$ 5,71 bilhões para investimentos específicos nas rodovias dessas 15 piores ligações, destinados a ações de manutenção, adequação e construção. O valor representa 5,9% dos aportes públicos federais totais em transporte rodoviário realizados no mesmo período.
A análise da aplicação dos recursos mostrou que 67,9% foram utilizados na manutenção das rodovias, 28,5% em adequações e apenas 3,6% em construções.
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Data:29/07/2017
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