Ex-ministro Wagner Rossi é preso em operação da Polícia Federal que investiga setor de portos
Brasil - Ações Policiais - Operação Skala
Ex-deputado e ex-ministro presidiu a estatal Codesp, que administra o porto de Santos. Na mesma operação, foram presos José Yunes, amigo de Temer, e o dono da empresa portuária Rodrimar.
Foto: Divulgação
O ex-ministro Wagner Rossi foi preso na manhã desta quinta-feira (29) em uma das ações da Operação Skala, deflagrada pela Polícia Federal.
A operação foi autorizada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do inquérito que investiga se Temer, por meio de decreto, beneficiou empresas do setor portuárioem troca de suposto recebimento de propina.
Ex-deputado federal, Wagner Rossi foi ministro da Agricultura nos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, em 2010 e 2011. Em 1999 e 2000, Rossi presidiu a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), estatal administradora do porto de Santos. Rossi é pai do deputado Baleia Rossi, líder do MDB na Câmara.
Na mesma operação da PF, foram presos o advogado José Yunes, amigo do presidente Michel Temer, e Antônio Celso Greco, dono da empresa portuária Rodrimar, que atua no porto de Santos.
Joesley Batista
Em depoimento à Polícia Federal em fevereiro deste ano, o empresário Joesley Batista, dono do grupo J&F, disse ter sido procurado por Wagner Rossi após a saída dele do Ministério da Agricultura e ouviu reclamações de que Temer o havia abandonado.
Joesley Batista disse que, depois dessa conversa, Temer ligou e pediu que ele fosse ao escritório na Praça Panamericana, e que Temer perguntou sobre o valor que Joesley repassava a Rossi anteriormente e porque havia parado - e que Temer queria confirmar se eram de fato R$ 200 mil mensais.
O empresário diz que confirmou a Temer que era esse o valor e que tinha parado de repassar porque Rossi havia saído do Ministério da Agricultura.
O delator disse que Temer perguntou se ele não podia continuar, então, repassando R$ 100 mil porque Rossi estava "muito bravo" com ele, Temer.
À PF, Joesley disse que ponderou com Temer que Rossi não deveria receber mais dinheiro algum porque não estava mais no ministério, e que Temer insistiu que "gostaria que fosse realizado o pagamento de ao menos R$ 100 mil porque Wagner Rossi estava muito bravo com ele [Temer]".
G1
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