Mapa mostra onde ocorreram 35 'tribunais do crime' neste ano em SP
Brasil - Ações Policiais - Tribunal do Crime
Levantamento exclusivo do G1 revela onde ocorreram casos suspeitos de julgamentos feitos por criminosos: 42 pessoas foram mortas ou enterradas em cemitérios clandestinos em 15 cidades.
(Foto: Editoria de Arte/G1)
Mapeamento exclusivo feito pelo G1 mostra onde ocorreram ao menos 35 possíveis “tribunais do crime” neste ano no estado de São Paulo.
No total, 42 vítimas foram mortas ou enterradas em cemitérios clandestinos suspeitas de terem sido executadas por facções em julgamentos cometidos por criminosos. As polícias Militar e Civil acompanham os casos, investigando e prendendo suspeitos.
Ao todo, 95 pessoas foram presas por suspeita de participarem de parte dos assassinatos desse tipo no estado. Vídeos obtidos pela reportagem mostram dois deles confessando os crimes aos policiais e apontando onde corpos estavam enterrados em cemitérios clandestinos.
O mapa mostra ainda que 15 cidades paulistas tiveram registros, sendo Guarulhos o município com maior número de mortes e caso: foram 20 pessoas assassinadas em 16 possíveis registros de execução levantados.
Os dados foram obtidos a partir de reportagens publicadas no próprio site do G1 sobre investigações, boletins de ocorrência, inquéritos e informações de policiais.
Os números compilados até 15 de dezembro são uma estimativa de um cenário preocupante para a segurança pública, segundo especialistas ouvidos pela reportagem. Mas deve haver, possivelmente, mais mortos e ocorrências de "tribunais do crime".
'Julgamentos'
No geral, as vítimas são membros das quadrilhas ou de grupos rivais e até mesmo moradores das comunidades dominadas pelo tráfico de drogas. Ditando suas próprias regras, os criminosos julgam quem comete infrações ou suspeitos de crimes.
Quem estupra ou mata alguém da região controlada pelas facções, por exemplo, é punido com a morte. Para quem bate em mulher ou rouba dentro do bairro, o castigo pode ser um membro quebrado ou espancamento.
Os tribunais ilegais ou do crime, como são chamados na crônica policial, têm quase a mesma dinâmica de um julgamento comum, com "réu", "acusador", "vítima" e "julgadores".
Quem é acusado, no entanto, é sequestrado e levado para uma casa, um terreno baldio ou até mesmo cemitério clandestino. A pessoa que será julgada tem o direito de se defender da acusação. Se convencer os criminosos, pode ser absolvido e "ganhar" mais uma chance de viver.
Do contrário, é obrigado a confessar o delito. Alguns condenados à morte são executados por asfixia, outros são queimados, esfaqueados ou baleados.
A polícia paulista já libertou uma vítima e encontrou 24 corpos enterrados em nove cemitérios clandestinos descobertos em 2017. O G1 visitou dois deles em Guarulhos.
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