Estudo aponta a dinâmica territorial da cana-de-açúcar
Brasil - Agricultura - Economia Sucroalcooleira
Foto: Divulgação
Foi divulgado um levantamento sobre a geografia da cana-de-açúcar no País. A publicação aponta os aspectos territoriais da economia sucroalcooleira em várias regiões brasileiras e analisa os lugares de origem dos insumos e máquinas agrícolas, as áreas de cultivo, as vias de escoamento da cana e seus derivados e os lugares de processamento industrial e de comercialização.
O estudo faz parte do segundo do volume da série Dinâmica Territorial da Produção Agropecuária feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa aborda o crescimento do cultivo da cana-de-açúcar no cerrado e cita como exemplo o Estado de São Paulo. O território paulista, que possui apenas 1% desse tipo de vegetação no território nacional, concentra 1/3 da área de cultivo de todo o país.
O primeiro capítulo do estudo aborda a biologia e a ecologia da cana-de-açúcar, tratando tanto de variáveis naturais (quantidade e sazonalidade das chuvas, por exemplo) como de aspectos relacionados à infraestrutura e aos insumos adicionados pelos agricultores (como mudas certificadas e irrigação). Também oferece subsídios para a avaliação da dinâmica recente da expansão canavieira nos diferentes biomas brasileiros, com destaque para a expansão da área plantada no Cerrado do estado de São Paulo ocorrida na última década.
Outras informações
No segundo capítulo, são apresentados os aspectos sociais e econômicos desse cultivo, entre 1975 e 2015. Na análise histórica de longa duração, a principal transformação constatada foi a retração das áreas tradicionais na costa nordestina e do Norte Fluminense, e a expansão no bioma Cerrado, a partir da área de modernização consolidada de Ribeirão Preto (SP). Desse núcleo, as plantações de cana-de-açúcar se expandiram, de forma contínua, para oeste-sudoeste, em direção aos planaltos do Rio Paraná, incluindo o Triângulo Mineiro, o centro-sul de Goiás e o sul do Mato Grosso do Sul.
Já o terceiro capítulo aborda a geografia do processamento industrial da cana-de-açúcar, abrangendo os seus principais produtos derivados, que inclui a produção artesanal de rapadura, melado e açúcar mascavo, passando pela produção de aguardente – abarcando processos artesanais e industriais de produção – até a grande indústria moderna de açúcar e etanol.
Produção
A análise mostra que a Região Sudeste concentra a produção de açúcar, etanol e energia e tem o maior número de usinas. Além da configuração espacial da produção de rapadura, melado, aguardente, açúcar e etanol, o capítulo apresenta uma discussão sobre a geografia do uso do bagaço para a geração de energia em centrais termelétricas. Outro tema abordado é relativo ao desenvolvimento contemporâneo de produtos derivados como o “etanol de segunda geração” (E2G) e o “plástico verde”, elaborado a partir do etanol de cana-de-açúcar.
O quarto capítulo fala sobre a circulação dos derivados da cana-de-açúcar, incluindo as infraestruturas e esquemas logísticos e os níveis de consumo regional por parte das famílias, além das exportações. Essa parte do estudo mostra como o crescimento recente do setor sucroenergético se refletiu em novos desafios logísticos para a colocação do açúcar e do etanol ao alcance do público, além de fazer uma reflexão sobre o posicionamento dos derivados da cana-de-açúcar no mercado consumidor brasileiro e mundial.
Por fim, o quinto capítulo procura captar a cadeia de produção e circulação do ponto de vista das centralidades geradas pela localização de empresas e instituições de ensino e pesquisa e pelos fluxos intermunicipais de matéria-prima e insumos. Por meio da integração de dados de área (atributos de lugares) com dados de fluxo (relações entre lugares), o capítulo fornece uma análise inédita dos circuitos espaciais que estruturam a economia sucroenergética brasileira.
Essas análises mostram que há dois grandes complexos regionais sucroenergéticos: o da Costa Nordestina e o da Bacia do Paraná (entendida no sentido geológico, ou seja, bacia sedimentar). Esses dois complexos são constituídos por diferentes combinações de fatos físicos e humanos, contrastando em termos de produtividade agrícola, grau de uso de insumos, estruturas logísticas e estruturação dos circuitos espaciais, entre outras características.
Confira aqui mais detalhes da pesquisa.
Portal CNM
Galeria de Imagens / Fotos / Turismo
Eventos
-
1º Encontro dos Amigos da Empaer
Cidade:Dourados
Data:29/07/2017
Local:Restaurante / Espaço Guarujá -
Caravana da Saúde em Dourados II
Cidade:Dourados
Data:16/04/2016
Local:Complexo Esportivo Jorge Antonio Salomão
Balcão de Oportunidades / Empregos(Utilidade Pública)
Cotações
Moeda | Taxa R$ |
---|---|
Dólar | 5,604 |
Euro | 6,388 |
Franco suíço | 6,817 |
Yuan | 0,779 |
Iene | 0,039 |
Peso arg. | 0,005 |
Atualizado
Universitários
Serviço Gratuito