Quarta-Feira 08/10/2025 13:33

Copom sinaliza novo corte de juros em fevereiro, mas vê risco de alta da inflação por 'frustração' com reformas

Brasil - Economia - Taxa Selic

Em ata divulgada nesta terça (12), Comitê do Banco Central admite inflação abaixo do piso da meta neste ano e deixa aberta possibilidade de continuar reduzindo juros depois de fevereiro.

(Foto: Google Imagens)

 

Na ata de sua última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sinalizou que pode baixar novamente a taxa Selic em fevereiro, em seu próximo encontro, mas com um ritmo menor. O mercado financeiro espera que a taxa possa ser reduzida de 7% para 6,75% ao ano.

A ata da reunião da semana passada do Copom foi divulgada nesta terça-feira (12). No último encontro do ano, o comitê reduziu o juro básico da economia de 7,5% para 7%, a taxa mais baixa da série histórica do Banco Central, que teve início em 1986.

"[Os integrantes do Copom] avaliaram que cabia advertir que essa visão é mais suscetível a mudanças na evolução do cenário e seus riscos que nas reuniões anteriores", ressaltaram os integrantes do Copom na ata divulgada nesta terça.

O Comitê de Política Econômica do Banco Central resolveu manter aberta a possibilidade de continuar reduzindo a taxa de juros depois de fevereiro. Segundo a ata, "houve consenso em manter liberdade de ação", mas sinalizando que "o atual estágio do ciclo recomenda cautela na condução da política monetária".

'Frustração' com reformas

Apesar de terem deixado as portas abertas para um novo corte de juros, os integrantes do Copom informam que "refletiram" na última reunião sobre o risco de a atual conjuntura inflacionária – com inflação compatível com a meta central de 4,5% em 2018 – ser interrompida por uma "frustração" caso as reformas e ajustes na economia brasileira prometidos pelo presidente Michel Temer não saiam do papel.

Ainda de acordo com o comitê, a "frustração" pode ser ainda mais prejudicial por conta do atual contexto internacional, que já não é tão favorável para as economias emergentes.

Neste caso, o Banco Central não descartou a possibilidade de dar uma guinada na atual tendência de corte de juros, voltando a subir a Selic ao longo de 2018.

"O Copom reafirmou que a política monetária [definição dos juros] tem flexibilidade para reagir a riscos para ambos os lados, tanto ao risco de que efeitos secundários de choques de oferta e propagação do nível corrente baixo de inflação produzam inflação prospectiva abaixo do esperado, quanto ao risco de um revés no cenário internacional num contexto de frustração das expectativas sobre as reformas e ajustes necessários", advertiu a autoridade monetária.

No documento, os integrantes do comitê voltaram a enfatizar que os ajustes na economia e a aprovação e implementação das reformas – entre as quais a da Previdência Social –, são fundamentais para a sustentabilidade do ambiente com inflação baixa e estável para o funcionamento pleno da política monetária e para a redução da taxa de juros.

Inflação abaixo da meta

O Comitê de Política Monetária também baixou sua estimativa de inflação para 2017 (considerando a estimativa dos analistas dos bancos para câmbio e juros) de 3,3% para 2,9% – conforme já estima o mercado financeiro.

Com isso, o Banco Central admite que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficará abaixo do piso de 3% estabelecido pela própria instituição para o sistema de metas de inflação, fato inédito na história recente do país. Para 2018, a estimativa de inflação caiu de 4,3% para 4,2%.

A meta central de inflação para este ano e para o próximo é de 4,5%, com intervalo de tolerância de dois pontos percentuais, ou seja, o IPCA pode variar entre 3% e 6% nestes anos sem que a meta seja formalmente descumprida.

Quando a meta de inflação é descumprida, o presidente do Banco Central tem que escrever uma carta pública ao ministro da Fazenda explicando as razões para a variação fora da previsão.

Como o BC define a Selic

A definição da taxa de juros pelo Banco Central tem como foco o cumprimento da meta de inflação, fixada todos os anos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Normalmente, quando a inflação está alta, o BC eleva a Selic na expectativa de o encarecimento do crédito frear o consumo e, com isso, a inflação cair. Essa medida, porém, afeta a economia e gera desemprego.

Quando as estimativas para a inflação estão em linha com as metas pré-determinadas pelo CMN, o Banco Central reduz os juros. É o que está acontecendo neste momento.

Após uma longa recessão, a economia dá sinais de reaquecimento, segundo analistas, mas os preços ainda seguem comportados por conta de boas safras agrícolas.

De janeiro a novembro, segundo o IBGE, a inflação oficial – medida pelo IPCA – ficou em 2,5%, o menor para este período desde 1998.

Para 2017, o mercado financeiro prevê que a inflação ficará em 2,88%, abaixo da meta de 4,5% fixada pelo CMN para este ano e também do piso de 3% do sistema de metas.


 

 

G1

Brasil, Copom, taxa selic

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