‘Teotônio montou organização criminosa’, afirma procuradora
Brasil - Ações Policiais - Operação Caribdis
Foto: PSDB/Divulgação
A procuradora Renata Baptista afirma que o ex-governador de Alagoas Teotônio Vilela Filho (PSDB) montou uma “organização criminosa”. O tucano foi alvo de mandado de busca e apreensão nesta quinta-feira, na Operação Caribdis, que investiga suposta fraude em licitação de 33 milhões de reais para obras do Canal do Sertão alagoano, entre 2009 e 2014.
Teotônio comandou o governo de Alagoas por dois mandatos (2007-2014), foi senador pelo estado por três mandatos consecutivos, presidente nacional do PSDB e presidente do Comitê Estadual do partido.
“Teotônio, na qualidade de governador do estado de Alagoas, exercia o comando da organização criminosa. Neste sentido, buscou, inicialmente, não só se cercar de familiares para intermediar as práticas delitivas, como também, e principalmente, nomear pessoas de sua inteira confiança para cargos estratégicos — no caso em análise, para a pasta de infraestrutura do Governo do Estado, a fim de possibilitar negociatas envolvendo os recursos públicos por ela administrados”, afirmou a procuradora ao pedir a prisão preventiva de Teotônio. A Justiça negou a custódia.
Renata Baptista anotou ainda que “depois de infiltrar seus comparsas na administração do estado, ratificou rotineiramente sua posição de comando, dividindo e dirigindo, por vezes direta, por vezes indiretamente, as atividades dos demais, bem como dando a palavra final sobre o destino dos acertos ilícitos, seja para chancelá-los, seja para rechaçá-los. Na condição de líder da organização criminosa, revelou-se ainda o maior beneficiário das quantias obtidas a título de propina”.
Além do ex-governador, são investigados o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Marco Antonio Fireman (ex-secretário Estadual de Infraestrutura de Alagoas), Fernando José Carvalho Nunes (ex-secretário Estadual Adjunto de Infraestrutura de Alagoas), Carlos Alberto Quintella Jucá (o Beto Jucá, ex-assessor especial de Teotônio) e Elias Brandão Vilela Neto (irmão do ex-governador).
“Ele (Teotônio Vilela Filho) montou com caráter estável e permanente uma organização criminosa composta pela cúpula da secretaria estadual de infraestrutura, que era braço direito dele, era um secretário que assumiu praticamente com ele, ficou todo o tempo com ele na gestão, que é o Marco Fireman”, afirmou a procuradora.
De acordo com ela, Elias Vilela era “o suposto homem forte” de Teotônio. “A função do assessor Beto Jucá era blindar a figura do ex-governador nesses momentos de cobrança de propina”, disse.
Renata Baptista declarou que houve direcionamento da licitação de dois lotes do Canal do Sertão alagoano e que as empresas fizeram o projeto básico. “Elas moldaram tudo desde da obra em si até as quantidades que desejavam de cada serviço, e isso gerou um superfaturamento nesses dois trechos da ordem de 70 milhões de reais, fora os demais trechos”, afirmou.
Fireman seria o “Fantasma” da planilha de propinas da Odebrecht, segundo revelou um dos executivos da empreiteira que fechou acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF). O delator Alexandre Biselli citou Téo “Bobão”, como o ex-governador era identificado na contabilidade do famoso Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht.
Biselli contou que se reuniu com o então secretário de Infraestrutura do governo alagoano, Marco Antonio Fireman, em 2014, para ajustar os detalhes de repasses a Téo “Bobão”, que somaram quantia superior a 2 milhões de reais.
O delator disse que Téo ficou “uns vinte minutos fora” da reunião e, nessa hora, “Fantasma” o teria abordado sobre dinheiro para a campanha daquele ano. Ainda segundo Biselli, “Fantasma” ameaçou tirar o contrato da Odebrecht.
Defesa
Em nota, a assessoria de imprensa do ex-governador afirma que “Teotônio Vilela Filho tem consciência de que não praticou nenhum crime e que a verdade será restabelecida”. De acordo com o comunicado, Teotônio é “o maior interessado na elucidação dessas investigações” e que permanecerá à disposição das autoridades.
O Ministério da Saúde de Alagoas também se manifestou. “Os policiais estiveram no gabinete do secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Marco Fireman, então secretário de Infraestrutura do Estado. Não foram levados documentos ao final da busca e o secretário está à disposição da PF para prestar todos os esclarecimentos”, diz o texto.
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