Pezão recebeu R$ 5 milhões em caixa dois, segundo delator
Brasil - Ações Judiciais - Delação Premiada
Foto: Felipe Panfili/Dedoc/VEJA
O marqueteiro Renato Pereira denunciou, em acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR), que a empreiteira Andrade Gutierrezutilizou duas das principais agência de publicidade brasileiras, Propeg e NBS, para repassar 5 milhões de reais à campanha do atual governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB). Os valores não foram declarados á Justiça Eleitoral. Os detalhes da delação constam da colaboração que está em fase de homologação no gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal(STF) Ricardo Lewandowski, segundo informa reportagem do jornal O Globo.
Pereira afirmou que o próprio governador o chamou, em setembro de 2014, a seu apartamento, em Laranjeiras, para informá-lo que tinha conversado com Sérgio Andrade, um dos donos da Andrade Gutierrez. Na ocasião, Pezão, ainda candidato, informou a ele que a empreiteira faria um repasse de 10 milhões de reais à campanha, valor que teria sido reduzido para 5 milhões de reais, segundo o relato.
Delação
Renato Pereira foi ouvido em audiência no gabinete do ministro Lewandowski no dia 4 de outubro e acusou, além de Pezão, o ex-prefeito da capital Eduardo Paes(PMDB), o ex-candidato a prefeito e deputado federal Pedro Paulo (PMDB-RJ) e o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) de fazer caixa dois com pagamentos irregulares de dinheiro em suas respectivas campanhas políticas feitas entre os anos de 2010 e 2016.
Em seu relato, o marqueteiro descreve sua rotina com os candidatos do PMDB para os quais trabalhou nos últimos anos. Em todos os casos, ele e seus sócios recebiam malas ou sacolas de dinheiro pessoalmente, entregues por emissários dos políticos do partido ou repassados por representantes das empresas fornecedoras do governo estadual e municipal, entre elas as construtoras Andrade Gutierrez e Odebrecht, além de empresas de transporte de Jacob Barata.
Ainda segundo o jornal, o delator também contou como a agência Prol Serviços de Propaganda influenciou nos contratos de publicidade de governos no Rio nos últimos dez anos. De acordo com Pereira, o publicitário Maurício Cabral, irmão de Sérgio Cabral, também tinha participação nos resultados dos contratos intermediados pela Prol.
Pelos crimes confessados à PGR, Renato Pereira vai pagar uma multa de 1 milhão a 2 milhões de reais. Sua delação vinha sendo negociada desde o ano passado pela Procuradoria e foi uma das últimas autorizadas pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Apesar das recentes denúncias, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) arquivou investigações no âmbito da Operação Lava Jato que envolviam alguns governadores, incluindo o atual do estado do Rio, Pezão. Os arquivamentos foram solicitados pela PGR com a justificativa de não terem sido encontrados indícios concretos para dar prosseguimento às investigações.
Veja /PH
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