A Hipótese Huck - Um Ensaio Verdadeiro...
Brasil - Opinião - Ponto de Vista
Foto: Felipe Miranda/Day One
Há pouco tempo, isso era visto com desdém, quase uma anedota. Quando alguém arriscava aventar sobre a possibilidade, já o fazia meio envergonhando, como se desculpando, na tentativa de se proteger antecipadamente das críticas de excesso de criatividade e dos sorrisos de canto de boca que logo viriam. Eu mesmo passei por isso aqui no escritório.
Aos poucos, passa a fazer sentido. A imaginação fértil vai recebendo contornos concretos. E, antecipando as conclusões, no meu entendimento, essa coisa pode ser muito melhor do que todos estão supondo neste momento.
A potencial candidatura de Luciano Huck à presidência da República começa a ganhar forma. O que era visto antes como piada vai conquistando seus primeiros adeptos de peso, flertando com a possibilidade de um ciclo de crescimento e, mais do que isso, desenvolvimento econômico muito superior ao que sequer poderíamos imaginar há alguns meses.
Fique claro desde já: embora a chapa esboçada tenha minha simpatia pessoal (e aqui, neste momento, escrevo como Felipe, não em nome da Empiricus), isso não é uma tentativa de influenciar voto, pedido de apoio ou qualquer coisa semelhante.
Trato do tema por dever de ofício. Falo só e de tudo que diz respeito ao seu bolso, leitor. O eventual fortalecimento do cenário descrito abaixo pode trazer impacto material para os mercados e oferecer oportunidades formidáveis de investimento para a pessoa física, servindo de substrato para o que tenho chamado de bull market estrutural – se confirmada a hipótese, esse ciclo pode ser maior e mais extenso até mesmo do que minhas projeções mais otimistas vinham contemplando.
E abordo a questão ainda quando a coisa está preliminar, no campo das ideias, com o objetivo de antecipar o movimento que pode ser materializado nas próximas semanas ou nos meses vindouros. Se esperasse um pouco mais para tratar do assunto, quando as coisas já estivessem mais tangíveis, elas já estariam devidamente apreçadas nas cotações dos ativos e, portanto, os comentários não mais poderiam oferecer qualquer vantagem ao investidor.
Por que a eventual eleição de Luciano Huck poderia disparar ou, ao menos, ajudar um dos maiores bull markets já vistos no mercado de capitais brasileiro?
Primeiro por uma questão bastante objetiva e incontestável: para um sujeito que tolera a Angélica há tanto tempo, os problemas do Brasil são fichinha, vai? Brincadeira, claro. Eu adoro a Angélica. Era apaixonado por ela quando criança. Adorava tanto que me apaixonei até por uma menina que se dizia na época irmã da apresentadora – tinha uma pinta parecida na perna e isso já me bastava. Mentiras sinceras já me interessavam.
Agora falando sério. De acordo com notícias da imprensa, quem está de cicerone de Luciano Huck em conversas iniciais com o empresariado é Armínio Fraga. Armínio não é somente o melhor potencial ministro da Fazenda que o País pode ter. Ele traz consigo um enorme selo de credibilidade, tanto internamente quanto no exterior, e uma equipe simplesmente absurda do ponto de vista técnica, com todas as competências para colocar o País na rota do desenvolvimento econômico. Não me surpreenderia, por exemplo, que viesse a atrair alguém do porte de Marcos Lisboa para compor a equipe econômica.
Em se tornando verdade esta elucubração aparentemente pitoresca (no começo, tudo parece anedota), a dupla Fraga-Lisboa seria uma combinação daquelas que você precisa tirar foto e colocar num porta retrato do lado da cama sobre o criado mudo, para dar um beijo todo dia antes de dormir: “Obrigado, Armínio. Obrigado, Marcos. Boa noite.”
Mas calma que a coisa vai melhorar. A plataforma na Economia seria obviamente liberal, dadas as pessoas supracitadas. Entendo, porém, que Huck sabe da necessidade de compor forças com outros espectros da sociedade. Até mesmo sua imagem pessoal está muito ligada a questões de distribuição de renda, temas progressistas na esfera social e nos costumes, e talvez até mesmo meio ambiente. Dai me parece que pode vir a compor forças com Marina Silva, por exemplo, que, saindo na chapa como vice-presidente, pode atrair votos da esquerda menos radical e, ainda mais importante, atrair apoio da imprensa “descolada”, sempre pronta para opinar com textos pseudoisentos e uniforme de imparcial.
Como cereja do bolo, Marina traz consigo a proximidade com Eduardo Giannetti, por quem sou completamente apaixonado também desde criança sem precisar de pinta na perna. Acho que o Giannetti tem umas 25 pintas daquela no cérebro, de tão bonito que ele é intelectualmente.
Dentre os que se colocam hoje no espectro de presidenciáveis, portanto, enxergo Luciano Huck como o único capaz de dar às reformas uma conotação positiva, “do bem”. A reforma da Previdência é pelo pobre – sem ela, o resultado vai ser calote da dívida pública ou inflação, ambos um desastre justamente para os menos favorecidos. Mas dificilmente alguém além de Luciano Huck, um herói que reformas casas e carros para a população carente, conseguirá dar às reformas esse rótulo. Teremos legitimidade para impor a pauta liberal, com apoio da imprensa intelectualóide e controle da narrativa, algo que vinha anteriormente monopolizado nas mãos da esquerda.
O fato de sair pelo PPS, um partido menor, conforme sugerido pelos jornais, pode ser um problema? Evidentemente, seria preferível mais tempo de TV, maior possibilidade de contar com o apoio da máquina pública, etc. Isso maximizariam as chances. Mas não havia alternativa. Ele precisa se colocar verdadeiramente como o novo, alguém de fora da podridão que tomou conta da política.
Não é uma exclusividade brasileira a busca por um “apolítico”, no sentido partidário, claro. É um fenômeno global a frustração com a não representação diante do establishment atual. Mesmo sendo um partido pequeno e com pouco tempo de TV, a figura do apresentador já é muito conhecida e não precisa de muita exposição para convencer ninguém. A maior parte da população já tem em sua cabeça uma opinião formada do sujeito.
No Brasil, diante do desastre político, social, moral e econômico (talvez tenha algum outro desastre ainda que me escapa agora), a necessidade pela renovação, a partir de alguém verdadeiramente fora do escopo político-partidário e, mais do que isso, que não venha a ceder a esse espectro diante da primeira tentação, se mostra ainda mais forte neste momento.
Em paralelo às questões técnicas estritas, temos o lado da ética e o respeito às instituições. A verdade é que não dá para alguém de dentro da corja de políticos tradicionais promover a necessária limpeza ética e moral no Brasil, com a exigida liberdade e o apoio à Operação Lava Jato. Se o sujeito não estiver com rabo preso, um amigo dele está, ou talvez seu partido. Não tem como a coisa funcionar da maneira que realmente precisa. Precisa ser alguém de fora, capaz de nomear um ministro da Justiça totalmente ilibado, acima de qualquer desconfiança, que vai fomentar a Lava Jato, passar o País todo a limpo e iniciar um verdade novo ciclo na história brasileira em termos de comportamento ético e moral. Podemos, por exemplo, sonhar com Carlos Ayres Britto, por que não?
Falar sobre tudo isso agora pode parecer loucura, loucura. Pra mim, porém, loucura mesmo é achar que a coisa vai ficar entre PSDB, PT, DEM e PMDB. Uma hora este caldeirão ferveria a ponto de explodir. Acho que essa hora chegou.
Antes de prosseguir, por uma questão de coerência, um breve esclarecimento. Dada minha persistência em favor da causa liberal, seria natural demonstrar apreço pelo Partido Novo. É verdade. Simpatizo muito com as ideias do Partido e acho que elas têm muito a oferecer ao País. A abordagem aqui é mais pragmática. Falo de Luciano Huck por entender que ele tem chances materiais de se eleger. Ficam, entretanto, registrados a admiração e o respeito pelas ideias do Novo.
Aproveito a oportunidade para convidar a todos para o Fórum Liberdade e Democracia, no dia 13 de novembro, no Unique aqui em São Paulo. Eu vou estar num painel às 15h com Sergio Rial e João Canhada. Deveria ser desnecessário dizer, mas sempre bom deixar claro: não estou ganhando nada por isso, nem com a divulgação. É pela causa mesmo
Mercados iniciam a semana sem grandes variações, à espera de catalisadores mais significativos em dia de agenda fraca. Bolsas lá fora têm leve tendência positiva, com destaque para Nikkei, que subiu 1% após vitória do primeiro-ministro Abe nas eleições do parlamento – já são 15 pregões seguidos em alta, dá-lhe bull market!
Euro perde contra o dólar diante de dúvidas sobre o futuro da Catalunha. Ações de bancos são destaque negativo na Europa. Minério de ferro e petróleo sobem, trazendo fôlego adicional para mercados emergentes.
Agenda doméstica traz relatório Focus, com marginal elevação nas projeções para PIB e inflação neste ano, IPC-S levemente abaixo das estimativas e balança comercial semanal. Nos EUA, temos atividade na região de Chicago.
Ibovespa Futuro abre em leve alta de 0,2%, dólar e juros futuros estão próximos à estabilidade.
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