Ex-prefeito de Itaporã, funcionário do MPE-MS é demitido da Função
Ações Judiciais - Processo Administrativo
Ex-prefeito de Itaporã, funcionário de carreira do MPE é demitido. No ano passado, Wallas foi candidato à reeleição em Itaporã, mas ficou em segundo lugar

(Foto: Ifato)
O ex-prefeito de Itaporã Wallas Gonçalves Milfont, que ocupava o cargo efetivo de técnico administrativo do MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) foi demitido nesta quinta-feira (21), conforme Portaria publicada no Diário Oficial do órgão.
A demissão foi assinada pelo procurador-geral de Justiça Paulo Cezar dos Passos, com base no Estatuto do Servidor Público. O ex-prefeito teria apresentado ‘incontinência pública ou escandalosa’ por ter recebido ou solicitado ‘propinas, comissões ou vantagens de qualquer espécie, ainda que fora de suas funções, mas em razão delas’.
Em contato por telefone como ex-prefeito, informou ter ficado surpendido com a publicação, e que " estava trabalhando normalmente. Ainda não recebi a decisão, vou falar com meu advogado do caso e devo recorrer”, afirmou Wallas.
Afastamento
O ex-prefeito concorreu às eleições de 2016, tendo ficado na segunda colocação, mesmo após ter sido afastado do cargo no final de abril daquele ano, a pedido do próprio Ministério Público. Por decisão do Tribunal de Justiça do estado, o prefeito retornou ao exercício das funções, em final de setembro de 2016, onde permaneceu até finalizar seu mandato em 31 de dezembro do mesmo ano.
O caso
Wallas foi alvo da Operação Layout, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) em 2015, que apurava direcionamento de licitação realizada em 2014 para contratação de agência de publicidade. A denúncia foi formalizada, após um representante de uma empresa do muncicipio, ter se sentido prejudicado, quando fez a denúncia ao MPE/MS. Na época, os bens do então prefeito foram bloqueados.
A possível irregularidade chegou a ser questionada na Câmara da cidade, mas os vereadores rejeitaram abrir uma CPI - Comissão Parlamentar de Inquérito, para apurar os fatos denunciados.
Após a ação do Gaeco, denominada de "Operação Layout, tal licitação foi cancelada por determinação do próprio Wallas, não sendo então realizada a contratação, conforme informaçoes divulgadas pela assessoria do Prefeito na oportunidade da divulgação dos fatos.
A Redação
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