Cúpula investigada por desvios vai administrar Detran à distância
Estado - Ações Judiciais - Operação Antivírus
Interceptação telefônica indicou que diretores priorizavam 'empresas parceiras'.
Foto: Donizete Aparecido da Silva, Erico Mendonça, Gerson Claro Dino e Gerson Tomi, funcionários do Detran (Valdenir Rezende/Correio do Estado)
Soltos, mas impedidos de irem até o Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Os diretores e chefe de setor do órgão, presos anteontem pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) foram libertados por meio de habeas corpus, mas não podem se aproximar do local, onde ocupam seus cargos de chefia.
Outras medidas cautelares também foram adotadas pelo desembargador João Maria Lós, que concedeu as liminares.
Entre a noite de terça-feira e a manhã de ontem, oito dos 12 detidos durante a Operação Antivírus, foram soltos. Do Detran, os liberados são: diretor-presidente, Gerson Claro Dino; o diretor adjunto, Donizete Aparecido de Oliveira; o diretor de administração e finanças, Celso Braz de Oliveira Santos; o diretor de tecnologia da informação, Gerson Tomi e o chefe da divisão de execução orçamentária, finanças e arrecadação, Érico Mendonça.
Também foram beneficiados com soltura o sócio da empresa Digitho Brasil, atual Digix, Jonas Schimidt das Neves e secretário dele, Claudinei Mastins Rômulo.
O ex-deputado Ary Rigo permanecia preso até às 20h de ontem, apesar do pedido de habeas corpus ajuizado por seus advogados.
Os outros três detidos são: José do Patrocínio Filho, Fernando Roger Daga e Anderson da Silva Campos, sendo os dois primeiros sócios e o último, ex-sócio da empresa Pirâmide Central Informática. Eles também entraram com pedido de habeas corpus no início da tarde de ontem.
PRIORIDADES
Em conversas telefônicas interceptadas pelos diretores do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com autorização da Justiça, o diretor do Departamento Estadual de Trânsito, Gerson Claro Dino, orientou seu interlocutor, identificado pelo apelido de “Paraguaio”, para que adiasse o pagamento à empresa ICE Cartões, que detém contrato para confecção e emissão de carteira nacional de habilitação (CNH). O telefonema é do dia 6 de abril.
No diálogo interceptado, Claro perguntou a Paraguaio se chegaram algumas notas para serem pagas. O interlocutor disse que “ainda não”. Gerson então cita os nomes das empresas NPQ, Soluserv, Perkons, MG, ICA, PSG e Pirâmide.
“Orienta para que Paraguaio adie o pagamento da empresa ICE e cobre o pagamento da Pirâmide”, afirmam os promotores do Gaeco nos pedidos de prisão e busca e apreensão. “Gerson reclama que faz 15 dias que a nota da Pirâmide está para ser paga e não foi”, versa o relatório de interceptação telefônica. Ainda conforme o diálogo, o pagamento a ICE iria “comer a cota toda”.
O contrato com a ICE Cartões é de R$ 152 milhões. Em junho último, a empresa chegou a paralisar a emissão de CNH’s por falta de pagamento. O contrato com a ICE teve início no fim do mandato do governador André Puccinelli, em 2014, quando Carlos Henrique Santos Pereira dirigia o Detran.
Já a Pirâmide foi contratada emergencialmente, por R$ 7,4 milhões no ano passado, já por Gerson Claro, para fazer um serviço que os servidores estaduais já faziam. O vínculo foi feito emergencialmente, sem licitação, para um período de seis meses.
Correio do Estado
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