Justiça determina prisão de 2 empresários em investigação da Lava Jato no RJ
Brasil - Ações Judiciais - Operação Lava Jato
Alvos estão ligados a irregularidades no sistema de transportes do estado; um deles foi preso em Curitiba e o outro está no exterior. Interpol já foi acionada.
Foto: O ex-governador do Rio Sérgio Cabral deixa a sede da 7ª Vara da Justiça Federal do Rio, após ser interrogado, em 10 de julho (FÁBIO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO)
O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal Federal, no Rio, expediu dois mandados de prisão contra dois empresários da construção civil ligados ao esquema de corrupção na Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor).
Na manhã desta quarta (9), um dos mandados foi cumprido contra o empresário Nuno Canhão Bernardes Gonçalves Coelho, em Curitiba, no Paraná. O outro suspeito, Guilherme Neves Vialle, está no exterior. A inclusão no nome dele na Difusão Vermelha da Interpol já foi pedida. Isso significa que Vialle deve passar a ser procurado pelas polícias de vários países.
A ação é um desdobramento da Operação Ponto Final e foi batizada como Gotham City, uma referência aos apelidos dos investigados, já que Nuno é conhecido como Batman e Guilherme, como Robin.
Segundo as investigações, os empresários tentavam lavar dinheiro para Rogério Onofre, ex-diretor do Departamento de Transportes Rodoviários do Rio de Janeiro (Detro), e de sua esposa, Dayse Deborah Alexandra Neves, presos no início do mês passado.
Na decisão, o juiz Marcelo Bretas justificou o pedido de prisão de Nuno e Guilherme: "Salienta-se que, se em liberdade, os investigados terão facilidade de ocultar o grande volume de dinheiro proveniente de delito, o que, aparentemente, já vêm fazendo".
Na época das prisões de Dayse e Onofre, a Polícia Federal encontrou documentos que sugerem a existência de contas no exterior no nome deles e provas que indicam que o casal fazia a lavagem de dinheiro de recursos ilícitos mediante a compra de imóveis em construção com o grupo empresarial de Nuno e Guilherme. Os empresários também são donos de diversas empresas no setor da construção civil.
Ainda segundo a denúncia, os valores constantes nos instrumentos de venda desses imóveis eram apenas 50% do valor do custo real do bem, o que indica o crime de lavagem de dinheiro. Segundo testemunha, em 2013 foi realizada a promessa de compra e venda de 30 apartamentos, cujo valor real era de R$ 6,9 milhões. No entanto, o valor que constava na promessa era de R$ 3,45 milhões, pois a parte que seria paga por Onofre não ficou consignada em contrato.
A denúncia também informa que, de acordo com apurações do MPF, Dayse possui recursos no banco RBC Royal Bank e no BNY Mellon e que, em documentos apreendidos com ela, foi identificada a existência de uma offshore denominada IcyMoon, que seria ligada a Nuno.
Em depoimento prestado ao Ministério Público Federal, o colaborador Leonardo Aranha confirmou que essa offshore pertence a dois construtores de Curitiba, que seriam Nuno e Guilherme.
Ainda segundo Bretas, a prática criminosa do grupo ligado ao ex-governador Sérgio Cabral deve ser tratada com ainda mais rigor. “Avaliando os elementos de prova trazidos aos autos, em cognição sumária, considero que a gravidade da prática criminosa de pessoas com alto padrão social que tentam burlar os trâmites legais, não poderá jamais ser tratada com o mesmo rigor dirigido à prática criminosa comum”, afirmou o juiz na decisão.
Novas denúncias contra 24 pessoas
Nesta terça (8), o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) virou réu pela 14ª vez na Lava Jato. O juiz Marcelo Bretas aceitou as duas denúncias apresentadas pelo Ministério Público Federal no mesmo dia. Além de Cabral, também viraram réus outras 23 pessoas.
Todos os denunciados pelo MPF foram investigados durante a Operação Ponto Final. Segundo os procuradores, só o ex-governador pode ter recebido aproximadamente R$ 145 milhões em propinas.
G1
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