“Política industrial do governo é a possível”
Brasil - Economia - Políticas Governamentais
O governo federal precisa se acalmar: um ritmo forte de crescimento econômico, de pelo menos 4% só virá a partir de 2015. Até lá, cabe à presidente Dilma Rousseff implementar um ajuste fiscal para debelar a inflação e se conformar com um avanço de apenas 2% do Produto Interno Bruto (PIB). Esta é a avaliação do economista e cientista político Luiz Carlos Bresser-Pereira.
Aos 79 anos, Bresser-Pereira é um dos mestres do ministro da Fazenda, Guido Mantega, do secretário de Política Econômica (SPE), Márcio Holland, do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e da própria presidente Dilma Rousseff. A seguir, os principais trechos da entrevista:
Por que o governo Dilma Rousseff ainda não conseguiu gerar crescimento econômico e tampouco reduzir a inflação, mesmo depois de todas as medidas?
Para entender o governo Dilma, é preciso olhar a situação que ela herdou. O dólar estava abaixo de R$ 1,70, uma taxa muito apreciada, insustentável.
A situação era completamente diferente da herdada por Lula, em 2003. Receber a taxa de câmbio depreciada e por oito anos poder valorizá-la é uma maravilha para o presidente, pois aumenta o poder de compra dos salários e reduz a inflação.
Com Dilma foi o oposto: o real já estava num patamar péssimo para o País, com elevado consumo de importados substituindo a produção nacional e inflação já elevada por causa do crescimento.
Vale insistir na desvalorização do real, então?
Não tenho dúvidas. A taxa correta do dólar hoje seria na faixa de R$ 2,90. Mas é evidente que uma desvalorização tem efeitos difíceis no curto prazo.
Como o sr. avalia a política industrial do governo?
É a política industrial possível de ser feita, ainda que ela, em hipótese alguma, substitua uma política que leve o câmbio ao lugar certo. As empresas que tiveram desoneração da folha melhoraram de vida,e todo esse enorme ativismo da gestão Dilma na economia i evitou que a situação atual fosse pior. Toda essa desindustrialização que se acentuou nos últimos dois anos no País foi resultado da forte valorização do real após 2005.
Mesmo neste cenário de baixo crescimento, o governo caminha para uma política fiscal mais apertada. O sr. entende que este é o caminho inevitável?
O governo está certo em fazer o ajuste fiscal. Neste momento, e preciso manter a economia sob controle, e isso passa por um aperto nos gastos. Só vamos retomar uma fase de crescimento elevado quando passarem, as eleições presidenciais, e um próximo governo, que pode até ser este mesmo, realizar uma depreciação mais firme da taxa de câmbio.
João Villaverde/SI Knowtec/JE
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