Representantes do SENAR e da Embaixada da Costa do Marfim conversaram sobre possibilidades de parceria entre a entidade e o país africano

Integrantes da Embaixada da Costa do Marfim participaram de uma reunião para avaliar a possibilidade de uma cooperação internacional com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) nesta sexta-feira, 19 de julho, na sede do Sistema CNA/SENAR, em Brasília. O encontro contou com a presença do encarregado dos Recursos Animais, Pesca e Segurança Alimentar, Docteur MEL EG Emmanuel, e do 1º Conselheiro da Embaixada, Raymond Bomoi. Pelo lado do SENAR participaram o coordenador de Projetos, Celso Botelho, a assessora técnica do Departamento de Inovação e Conhecimento, Iara Grillo, e o assessor técnico José Luiz Rocha Andrade.

Segundo os membros da comitiva, a Costa do Marfim é um país com tradição em produção agrícola (é o maior produtor de aves da África Ocidental, por exemplo), mas precisa de apoio para desenvolver o setor – principalmente os pequenos produtores –, pois enfrentou uma crise econômica grave nos últimos anos. As áreas de maior interesse para parcerias com o SENAR seriam agropecuária, cooperativismo e associativismo, melhoramento genético de bovinos e avicultura. “Temos uma demanda muito grande por carne de aves e também queremos aumentar a nossa produção de proteína animal, entre outras coisas. É por isso que precisamos fazer cooperação com entidades mais experientes, como o SENAR, que já realiza ações desse tipo no Brasil e em outros países”, destaca Emmanuel.

Os membros da Embaixada da Costa do Marfim, Raymond Bomoi e Docteur MEL EG Emmanuel, apontaram as principais demandas agrícolas do país

Na opinião de Botelho, o SENAR têm diversos programas de formação profissional rural e de promoção social que podem contribuir com o país africano, como o Com Licença Vou à Luta e o Negócio Certo Rural, entre outros. Um dos materiais elaborados pela entidade que mais despertou o interesse dos representantes da Costa do Marfim foram as cartilhas utilizadas nos treinamentos do SENAR. Ao todo, são 127 títulos com noções básicas para diversas atividades agropecuárias. “Além de auxiliá-los nas suas demandas mais urgentes, poderemos proporcionar o intercâmbio de técnicos e produtores para que eles possam vir receber o treinamento no Brasil”, avisa.

Durante a reunião, ficou acertado que o embaixador da Costa do Marfim encaminhará um convite para a realização de uma missão técnica ao país nos próximos meses. A partir do levantamento das características e necessidades dos marfinenses será preparada uma carta de intenção de cooperação bilateral, com a participação da Agência Brasileira de Cooperação (ABC).

Conforme Botelho, o início do interesse de cooperação ocorreu no estado do Pará, onde os membros da embaixada já haviam mantido contato com o SENAR/PA e os mesmos se mostraram abertos à parceria. Ele ressalta que a Universidade Federal Rural da Amazonia (UFRA) também estuda acordos de cooperação com academias daquele país.