Brasileiros têm dificuldades para identificar nutrientes em rótulos de alimentos
Brasil - Saúde - Informações Nutricionais
Um estudo proposto pela organização Consumers International e realizado no Brasil através do Instituto Brasileiro de Defesa ao Consumidor (Idec), revela que os brasileiros têm dificuldade na hora de identificar informações nutricionais no rótulo de embalagens. A pesquisa mostrou que, dentre os 786 participantes, apenas 28% conseguiram indicar corretamente a quantidade de gorduras, açúcares e sal em biscoitos.
O teste, feito online, pedia que o participante analisasse imagens de pacotes de bolachas do tipo ‘água e sal’ de marcas famosas, vendidas na maior parte dos mercados.
Dos países analisados na pesquisa (entre eles nações da América, Ásia e Europa), o Brasil teve o pior desempenho. No entanto, na segunda parte do estudo, quando as embalagens dos produtos foram modificadas para mostrar uma espécie de ‘semáforo nutricional’, que classifica a presença de nutrientes a partir de cores a taxa de acerto subiu para 84%, o que indica que o problema é o tipo de sinalização usada hoje.
O semáforo nutricional ‘traduz’ a quantidade de cada substância do alimento usando cores de sinais de trânsito. Verde significa um nível saudável, amarelo seria o nível limítrofe e o vermelho indica um número superior ao recomendado por nutricionistas.
“Como cada nutriente tem um valor específico para ser considerado alto ou baixo, o ideal seria que as embalagens tivessem um semáfaro para gorduras saturadas, gorduras transgênicas, açúcar e sal”, explica a pesquisadora e nutricionista do Idec, Ana Paula Bortoletto.
“O valor é sempre dividido por 100 gramas do alimento. Por exemplo, se uma porçãod e 100 gramas possui até 300 mg de sal, o valor é considerado baixo. Caso este valor entre 300 e 1500 mg, ele estaria no limite. Acima de 1500mg ele já receberia a classificação vermelha”, exemplifica.
Para que essa forma mais clara de apresentação das informações nutricionais seja aplicada no Brasil, é necessário mais do que a aprovação do órgão regulamentador de alimentos, a Anvisa. “Como os alimentos que circulam no Brasil são importados e exportados através do Mercosul, todas as nações integrantes precisariam aprovar a medida”, conta Ana Paula.
Segundo a nutricionista, atualmente algumas empresas colocam de forma voluntária a informação sobre a quantidade dessas substâncias de forma mais destacada na embalagem dos produtos - mas apenas os valores, sem indicar se eles estariam acima ou abaixo do limite. Ainda de acordo com Ana Paula, em agosto o Idec deverá divulgar um relatório ainda mais detalhado sobre a compreensão do consumidor em relação às informações nutricionais.
Outra polêmica envolvendo embalagens
Um segundo estudo realizado pelo Idec com embalagens de alimentos à base de milho, populares durante as Festas Juninas, mostra que a norma de identificação de transgênicos ainda não é cumprida.
Ligando para o SAC de diferentes marcas, os pesquisadores ficaram sabendo que das quatro marcas analisadas, duas não indicavam a presença de transgênicos em produtos geneticamente modificados. Ou seja, o consumidor precisa ligar para o atendimento ao cliente para ter uma informação sobre algo que já devia estar descrito na embalagem.
“Uma das empresas, que havia confirmado através do SAC ter ingredientes transgênicos, depois negou este fato. E confiamos na honestidade das empresas para realizar a pesquisa. Então a não ser que o consumidor tenha acesso a um laboratório, é impossível precisar se existem transgênicos ou não”, afirma Ana Paula.
Ela conta que, mesmo para profissionais, é difícil identificar a transgenia - a origem de cada ingrediente do produto precisa ser revelada e a matéria prima precisa ser analisada. “A única solução é estimular uma mobilização do consumidor para que tenhamos essa maior transparência”.
Ao mesmo tempo, está em trâmite um Projeto de Lei que revoga a obrigatoriedade da identificação dos transgênicos. De autoria do Deputado Federal Luiz Carlos Heinze, o texto está para ser votado na Câmara dos Deputados desde 2008 - confira o texto na íntegra aqui. Atualmente, o Idec realiza uma campanha para que consumidores entrem em contato com os Deputados manifestando seu desejo de que a lei seja mantida através deste site.
Vale lembrar que, de acordo com o Decreto Federal nº 4.680/2003, qualquer alimento que tenha 1% de ingredientes de procedência transgência deve ter, em sua embalagem, o símbolo da transgenia, uma identificação do tipo de transgênicos usados e a informação sobre a espécie doadora. E estima-se que, no Brasil, 89% da soja e 76% do milho plantados são modificados geneticamente.
Luciana Galastri/Revista Galileu/JE
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