Cuidados básicos previnem acidentes com crianças
Brasil - Geral - Intoxicação
Quem tem criança em casa sabe que todo cuidado é pouco e que jamais se pode descuidar. O Ministério da Saúde chama a atenção aos pais e responsáveis para algumas medidas simples que podem evitar acidentes sérios. Pequenas mudanças dentro de casa podem fazer a diferença.
Segundo um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), de 1998, aproximadamente 5,8 milhões de pessoas morreram vítimas de traumas em todo o mundo naquele ano, o que representa 97,9 mortes por 100.000 habitantes. Desse total, aproximadamente 800 mil mortes estavam na faixa etária de 0 a 14 anos. Dados apresentados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ligada ao Ministério da Saúde, reforçam que, no Brasil, um terço das vítimas de traumas e intoxicações caseiras são crianças com idade entre zero e nove anos.
Alguns cuidados simples podem impedir as intoxicações e os acidentes mais freqüentes, como queimaduras, afogamentos e quedas. A instalação de coberturas e proteções de tela nas escadas, varandas, janelas e piscinas evita que ocorram afogamentos e quedas. Segundo dados do Ministério da Saúde, no ano de 2004, somente no estado do Rio de Janeiro, ocorreram 990 mortes infantis por afogamento e 209 crianças foram vítimas fatais de quedas.
Todo cuidado é pouco também dentro da cozinha e da área de serviço. As crianças nunca devem ficar sozinhas nesses locais. A grande maioria dos objetos cortantes está localizada em gavetas de fácil acesso. O ideal é mudar todos esses utensílios para um armário mais alto, evitando o alcance das crianças. O fogão aceso, panelas e palitos de fósforos são as causas dos pequenos e também dos mais graves tipos de queimaduras. Esses traumas costumam apresentar seqüelas permanentes, além do tratamento na maioria das vezes ser dolorido e demorado.
O álcool líquido, próprio para limpeza, é outro item que deve permanecer longe das mãos das crianças. Fora os riscos de queimaduras, pode ser ingerido com facilidade, o que provoca intoxicação. As mães e donas de casa devem dar preferência ao álcool em forma gel. “Além de mais difícil de ser espalhado no corpo, é um produto menos inflamável que a sua forma líquida”, afirma o Coordenador da Rede Nacional de Centros de Informação e Assistência Toxicológica e técnico da Anvisa, Jorge Sayde. Outros materiais de limpeza, como os desinfetantes, detergentes, multiusos e saneantes clandestinos, também são responsáveis pela intoxicação das crianças.
Clandestinos – Os produtos caseiros e clandestinos são os mais perigosos, segundo Jorge Sayde. “São armazenados em embalagens como garrafas de refrigerantes e despertam interesse devido às suas cores chamativas.” Também não se sabe o conteúdo desses produtos, o que significa um problema para os profissionais de saúde que procuram tratar as vítimas de intoxicação.
Os medicamentos e algumas substâncias como a soda cáustica e os agrotóxicos representam um risco ainda maior para as crianças. Outro produto bastante perigoso é o popular “chumbinho”, mistura clandestina que muitas pessoas usam para matar ratos. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), entre os anos 2002 e 2006, mais de 500 crianças foram vítimas do chumbinho apenas no estado do Rio de Janeiro. “O ideal é que os pais não comprem em hipótese alguma esses produtos clandestinos, pois são mortais para as crianças. Se a intenção é matar ratos, comprem raticidas nas casas do ramo”, afirma Jorge Sayde.
As crianças têm o maior risco potencial de intoxicação por uso indiscriminado de medicamentos. Os comprimidos podem ser confundidos com balinhas, e xaropes com sucos, por exemplo. De acordo com o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), os medicamentos ocupam o primeiro lugar entre os agentes causadores de intoxicações em seres humanos. Somente em 2002, segundo o sistema, os medicamentos provocaram 26,9% das intoxicações registradas no país.
Disque-Intoxicação – A Anvisa possui um serviço de apoio às vítimas de intoxicação. O Disque-Intoxicação recebe chamadas de longa distância em todo o país. Os 36 Centros de Informação e Assistência Toxicológica funcionam 24 horas por dia, sete dias por semana, durante todo o ano. O serviço tem como objetivo informar, apoiar e facilitar os primeiros socorros nas vítimas de intoxicação.
O Disque-Intoxicação possui um banco de dados com informações sobre várias substâncias químicas e biológicas que possam agravar a saúde humana ou animal. “Com o Disque-Intoxicação, queremos diminuir as seqüelas causadas por primeiros-socorros prestados de forma incorreta”, explica Sayde. As pessoas acreditam que ingerir outros alimentos, como o leite, ou provocar vômito pode melhorar a situação da vítima. Em alguns casos essas ações pioram as condições do paciente e podem até trazer sérias seqüelas.
O telefone do Disque-Intoxicação é 0800-722-6001
Anote esse telefone na agenda do seu celular.
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