Ministro da Agricultura reclama que pasta não foi consultada
Brasil - Ações Públicas - Operação "Carne Fraca"
Blairo Maggi se comprometeu a informar os nomes de empresas investigadas na Operação Carne Fraca que exportaram nos últimos meses.
Foto: Ministro ficou irritado porque sua pasta não foi chamada para participar da operação (Estadão Conteúdo/Estadão Conteúdo)
O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, criticou neste domingo a “narrativa” da Operação Carne Fraca pela Polícia Federal. Maggi reclamou que o Ministério da Agricultura não foi consultado e disse que poderia ter esclarecido pontos que foram considerados irregulares pela PF, mas são práticas do setor. “Em função da narrativa é que se criou grande parte dos problemas que temos hoje”, afirmou. Após a entrevista coletiva, Maggi disse que não ficaria “batendo boca” com a PF via imprensa.
Maggi também citou outro áudio que mostra um dono de frigorífico adquirindo carne de cabeça de porco para usar em linguiça. “Carne de cabeça de porco pode ser utilizada em determinados porcentuais, em determinados produtos. Está no regulamento”, completou.
Maggi disse que o governo respeita as investigações, mas que questionou a PF a razão de o Ministério da Agricultura não estar presente nas investigações. “Por que não estávamos presentes para dizer que cabeça de porco pode ser utilizada ou que ácido ascórbico é vitamina C?”, afirmou. De acordo com o ministro, a PF explicou que a Agricultura era parte da investigação, por isso não foi consultada, mas que a investigação agora terá o apoio técnico da pasta.
Maggi disse estar preocupado com a repercussão da operação em relação aos mercados importadores. “Uma atuação forte de países impedindo o recebimento de mercadorias significaria crise muito grande, por isso nosso apelo a embaixadores e os esclarecimentos de que estamos trabalhando muito fortemente para resolver esses assuntos”, acrescentou.
Maggi disse ainda que serão verificados os motivos para trocas de fiscais em determinadas plantas, apontadas pela PF como indicativos de corrupção. Uma das acusações é que fiscais que começavam a “apertar” a fiscalização eram trocados de locais. De acordo com o ministro, há mais de um ano já não é possível trocar os fiscais sem cumprir uma série de regras.
Outro ponto que será verificado é saber se toda a cadeia ligada aos frigoríficos suspeitos está sendo alvo de fiscalização e se todos os procedimentos estão sendo cumpridos. “Poderíamos tomar medida mais drásticas de interditar todas as plantas, mas o efeito na cadeia seria muito grande”, afirmou.
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