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"Confirmou que está 100% com a Otan", diz premiê britânica sobre Trump.

O Presidente americano Donald Trump se reuniu nesta sexta-feira (27) com a primeira-ministra britânica Theresa May na Casa Branca, em seu primeiro encontro com um líder estrangeiro desde que tomou posse há uma semana.

Em coletiva de imprensa após ao encontro, May disse que os dois concordaram em aumentar a cooperação militar e econômica entre os EUA e a Grã-Bretanha e discutiram sobre os passos práticos que podem tomar para facilitar acordos entre empresas dos dois países, além do combate ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI) e ao extremismo islâmico.

"Nossas duas nações já estão liderando os esforços para encarar esse desafio. Estamos fazendo progresso com o Daesh perdendo território e combatentes. Mas precisamos dobrar nossos esforços", afirmou a premiê. "Hoje discutimos como podemos fazer isso, ao aprofundar a cooperação em inteligência e segurança e intensificando nossos esforços em combater o Daesh no ciberespaço", acrescentou.

May também afirmou que na conversa os dois reafirmaram seus comprometimentos com a Otan e falaram sobre a importância da aliança no combate ao terrorismo. "Confirmou que está 100% com a Otan", disse a premiê sobre Trump.

Questionados sobre as relações com a Rússia, Trump disse que espera ter uma "fantástica" e "positiva" relação com o país de Vladimir Putin, mas que não há garantias para isso e é muito cedo para falar sobre tirar as sanções que Washington impôs a Moscou devido ao conflito na Ucrânia. May, por sua vez, afirmou que o Reino Unido é muito claro em dizer que a sanções devem continuar até que o acordo [de cessar-fogo] de Minsk seja totalmente implementado.

O presidente americano já declarou que a Otan está obsoleta e expressou o desejo de um relacionamento mais amigável com a Rússia. Também disse anteriormente que, como parte da reaproximação que busca com a Rússia, está preparado para rever as sanções. May considera a aliança transatlântica essencial, e demonstra ceticismo em relação ao presidente russo, Vladimir Putin.

Na coletiva, Trump também afirmou acreditar que o Brexit (separação da União Europeia, decidida em referendo) será "maravilhoso" para o Reino Unido e que dará à região "sua própria identidade". "Vocês terão as pessoas que vocês querem no seu país e serão capazes de fazer acordos de livre-comércio sem ter alguém observando vocês e o que estão fazendo", disse

Trump a May.

A primeira-ministra afirmou ainda que fez um convite em nome da rainha Elizabeth para que o presidente americano e a primeira-dama Melania Trump visitem a Inglaterra neste ano, e que o convite foi aceito.

'Renovação'

Nesta quinta, May fez um discurso na reunião de senadores e congressistas republicanos na Filadélfia, que também teve a presença de Trump, e pediu uma "renovação da relação especial" entre os EUA e o Reino Unido.

"Estou encantada que o novo governo tenha transformado o acordo comercial entre nossos países em uma de suas prioridades. Esse tratado deve servir para ambos os lados e servir para os interesses mútuos", afirmou a primeira-ministra britânica.

Apesar dos elogios ao novo presidente americano, May ressaltou a importância das alianças multilaterais que foram questionadas por Trump, como a Otan e a ONU, pediu que os EUA não se isolem do restante do mundo e aconselhou o republicano a "ter cuidado" com o presidente da Rússia, Vladimir Putin.