A troca do trabalho manual para as máquinas, da madeira para o carvão, das fazendas para as cidades são apenas algumas formas pelas quais nosso mundo mudou dramaticamente com a Revolução Industrial. Na sequência, conhecemos a Era da Informação. E, agora, estaríamos no inicio da próxima era econômica, a da Revolução Industrial da Internet ou seria a Revolução da Internet Industrial?

A Revolução Industrial mudou radicalmente a forma como usamos a energia e fazer as coisas. A revolução da Internet alterou a forma como comunicamos, consumir informação, e gastar dinheiro. A combinação destas duas transformações, chamada de Internet industrial, liga agora redes, dados e máquinas. Ele promete refazer indústria global, aumentar a produtividade, e lançar uma inteiramente nova era de prosperidade e de crescimento robusto.

O mundo de hoje possui aproximadamente 6,8 bilhões de pessoas e 12,5 bilhões de dispositivos conectados. No ritmo que as coisas estão indo, até 2020 teremos cerca de 7,6 bilhões de pessoas e 50 bilhões de dispositivos conectados.

O que acontecerá quando pudermos fundir o poder dos dispositivos inteligentes, dos sistemas inteligentes e da automação inteligente com máquinas físicas, instalações e redes? Uma resposta possível é a de que aproximadamente 15 trilhões de dólares – uma quantidade quase similar a economia atual dos EUA – será adicionada ao PIB do mundo, de acordo com Peter Evans, diretor de estratégia global e análise da GE, e Marco Annunziata, economista chefe da GE.

A projeção é parte do estudo “A Internet Industrial: Forçando os Limites das Mentes e Máquinas”, de novembro de 2012. Evans e Annunziata também previram que 46% da economia global, ou 32,3 trilhões de produção global, se beneficiará da Internet Industrial.

Porque isso é importante? Porque “mercados emergentes possuem uma vantagem no século 20 em áreas como os custos com trabalho”, conta Kenneth Cukier, coautor de “Big Data: A Revolution that Will Transform How We Work” (Big Data: Uma Revolução que Transformará a Forma como Trabalhamos, Vivemos e Pensamos). Ele argumenta que os grandes dados “permitem que o ocidente reclame uma vantagem na forma do século 21, pois um indivíduo pode se tornar mais eficiente e produtivo ao utilizar os dados”.

Esta habilidade emergente de aglomerar campos como o aprendizado de máquina, grandes dados e a internet das coisas, não apenas melhorará a eficiência, também irá gerar novos fluxos de receita e criará novos mercados, o que já vemos acontecer ao nosso redor hoje em dia.

Como Evans e Annunziata da GE apontam em seu relatório, essa poderosa combinação de máquinas cada vez mais inteligentes, analises avançadas e uma população móvel constantemente conectada está “forçando os limites das mentes e das máquinas”.

Quer ter uma pequena ideia do que a Internet representará para o mundo nos próximos anos? A última edição do relatório anual Tendências Internet, da Kleiner Perkins Caufield & Byers, apresentado durante da Conferência D11, promovida pelo All Things D, revela que existem hoje 2,4 mil milhões de utilizadores da Internet em todo o mundo, e o total continua a crescer em ritmo acelerado.

O uso móvel está se expandindo rapidamente, enquanto a oportunidade de publicidade móvel permanece largamente inexplorada.

O relatório analisa o cenário online de deslocamento, que se tornou mais social e de conteúdo rico, com a ampliação do uso de fotos, vídeo e áudio.

Olhando para o futuro, o relatório revela ainda os primeiros sinais de crescimento para dispositivos wearable computing, como óculos, pulseiras e relógios conectados – e o surgimento de carros conectados, drones e outras novas plataformas.