Manaus registra 12 homicídios após rebelião e fugas de presos
Brasil - Segurança Pública - Crise nos Presídios
Foto: Reprodução/TV Globo
Após rebelião, cidade vive onda de violência. Foram 8 mortes até quinta; na madrugada de hoje, houve mais 4 assassinatos.
Após a rebelião que deixou 60 mortos e levou à fuga de mais de 180 presos em Manaus entre domingo (1) e segunda-feira (2), Manaus registra agora uma onda de violência. Ao menos 12 pessoas foram assassinadas na cidade entre quarta (4) e sexta-feira (6). As informações são do Bom Dia Brasil.
Nesta quinta (5), dezenas de peritos fizeram uma mobilização para denunciar a desvalorização da categoria e as condições de trabalho no IML que, de acordo com eles, é precária. Segundo os servidores, houve falta de gazes, luvas e outros materiais para trabalhar no dia da chacina no presídio, no domingo (1º).
A rebelião aconteceu no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj). O motim durou mais de 17 horas e foi considerado pelo secretário como "o maior massacre do sistema prisional" do Estado. Inicialmente o Governo havia confirmado 60 mortes. A última contagem, nesta segunda-feira (2), foi 56 corpos. Na tarde de segunda (2), outros quatro presos morreram na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), na Zona Leste de Manaus.
A polícia do Amazonas apontou sete presos como líderes do massacre. Documentos o Ministério Público Federal (MPF) dizem que estes líderes têm estreita relação com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, as Farc. Segundo o MPF, os traficantes brasileiros teriam comprado pistolas, fuzis e submetralhadoras do mesmo fornecedor de armas do grupo de guerrilha colombiano.
Nesta quinta, o presidente Michel Temer se pronunciou pela primeira vez sobre a rebelião. Para Temer, o massacre foi um "acidente pavoroso".
Ele falou que o Plano Nacional de Segurança está em debate e terá como primeira determinação a exigência de que novos presídios tenham prédios separados para presos de diferentes níveis de periculosidade.
Ele anunciou ainda a construção de cinco presídios federais para abrigar “lideranças de alta periculosidade”. Cada unidade deve contar com até 250 vagas. O investimento, segundo o presidente, ficará entre R$ 40 milhões e R$ 45 milhões por unidade.
Nesta sexta (6), o governo federal deve detalhar as medidas que serão adotadas.
Diversos relatórios elaborados antes da rebelião já apontavam risco iminente no presídio de Manaus. Um texto do setor de inteligência da Secretaria de Segurança alertava para um plano de fuga no regime fechado do Compaj. Além disso, apontava que oito armas de fogo tinham entrado no presídio na semana anterior ao Natal por meio de visitantes e com o ajuda de agentes.
Documentos emitidos pela administradora do presídio, a Umanizzare, alertava para o risco de se permitir visitas no fum do ano aos presos. O governo estadual havia permitido que cada um dos mais de 1,2 mil presos pudessem receber ao menos um acompanhante no Natal e no Ano Novo. No dia 27 de dezembro, quatro dias antes da rebelião, a empresa ainda pediu providências imediatas porque, no dia 24, com autorização da secretaria do governo, os horários de visitas não foram respeitados, o que prejudicou a revista de celas e a contagem de presos.
O secretário justificou a autorização, dizendo que se tratava de 'humanização'.
G1
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