Os casos confirmados de pessoas que foram infectadas com o vírus da Zika no ano passado em Mato Grosso do Sul somam 348, segundo o boletim epidemiológico da SES (Secretária de Estado de Saúde) divulgado no dia 04 de janeiro.

As notificações pela doença foram ao todo 2.248, com 1.862 descartados e 38 aguardam resultado de exames.

Os municípios do estado em que foram confirmados casos da doença foram Dourados 10; Alcinópolis, Aparecida do Taboado, Batayporã, Caracol, Deodápolis, Itaporã e Camapuã com um cada; Já Aquidauana e Maracaju com 6 cada.

Campo Grande ainda é a cidade com o maior número de casos sendo 261; Anastácio e Corumbá com 4; Caarapó e Jardim com 2; Rio Verde do Mato Grosso com 10; São Gabriel do Oeste com 5; Sonora com 9 e Três Lagoas com 7 e Paranaíba com 15 casos.

O Zika, como é conhecido, é uma doença causada por um vírus transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti, causador também da dengue e a febre chikungunya. Os sintomas causados nas pessoas infectadas são mais amenos que os da dengue e chikungunya, porém sua suposta relação com a microcefalia congênita e a síndrome de Guillain-Barré vem gerando alarde às gestantes.

Os sintomas são febre; dor de cabeça, articulações e músculos; manchas avermelhadas e cansaço físico e mental.

A doença começou a circular no país em 2016, no estado da Bahia um mês depois outros estados apresentaram pessoas infectadas com o vírus.

Atualmente há registro de circulação do vírus Zika em 22 estados sendo eles Roraima, Rondônia, Amazonas, Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal e Paraná.

Dengue

A SES divulgou ainda o boletim da dengue, no estado em 2016 foram notificados 59.874 casos, do montante em Dourados somam 5.124 casos da doença. As vítimas que morreram ao contrair a doença ao todo são 19, sendo nos municípios de Coxim, Maracaju, Porto Murtinho, Tacuru e Vicentina com um cada; Dourados e Campo Grande com 3 cada e Ponta Porã com 8 casos.

Os sintomas são febre alta; dor de cabeça; dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos; perda do paladar e apetite; manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores; náuseas e vômitos; tonturas; extremo cansaço; moleza e dor no corpo e muitas dores nos ossos e articulações.

Investimento

Diante dos casos, foi publicado no Diário Oficial da União na terça-feira (02), que Mato Grosso do Sul irá receber aproximadamente R$ 2,1 milhões do Ministério da Saúde, para as ações de combate ao mosquito Aedes Aegypti. O montante deve ser repassado aos municípios em duas parcelas. As informações foram publicadas no site do governo do estado.

Na primeira etapa serão repassados R$ 91,2 milhões, a partir da data da publicação da portaria. Já a segunda, está condicionado ao cumprimento de alguns critérios, cujas informações deverão ser consolidas pelas secretarias estaduais de saúde e repassadas ao Ministério da Saúde até o dia 30 de junho de 2017.