Domingo 12/10/2025 18:38

Agraer investiu em alternativas para fortalecer agricultura familiar em MS

Estado - Agricultura - Investimentos

Foto: Divulgação

Com entregas de equipamentos agrícolas, facilitação ao acesso a terra, incentivo as linhas de crédito e criação de programas de Ater (Assistência Técnica e Extensão Rural), a Agraer investiu duro em alternativas para fortalecer a agricultura familiar de Mato Grosso do Sul no ano de 2016.

A frente da gestão da Agência, o diretor-presidente, Enelvo Felini, contabiliza o saldo positivo da instituição e vislumbra as ações para 2017. “A Agraer tem prestado bons trabalhos com cursos, assistência técnica e elaboração de projetos para acesso ao Pronaf nos 79 municípios do Estado. Nós temos agricultores que estão plantando mais de 20 hectares de abacaxi. Então para o próximo ano, eu não tenho dúvidas que nós vamos diminuir mais de 20% de importação do abacaxi que geralmente vem de Minas Gerais e São Paulo”, diz.

ATER

Nos serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), a Agraer, entidade ligada a Sepaf – Secretaria de Estado de Produção e Agricultura Familiar, fecha o ano de 2016 com 51.436 atendimentos, 18.942 visitas técnicas, 17 mil protocolos de solicitações do CAR (Cadastro Ambiental Rural), 350 análises de solo, 217 cursos oferecidos aos agricultores familiares e participação em 24 eventos agropecuários com a mobilização de 8 mil pequenos produtores.

Equipamentos

No que tange os investimentos, os números satisfatórios não se restringem as colheitas futuras. Com a recuperação de antigos convênios e competência nas licitações, a Agraer aplicou cerca de R$ 600 mil no setor leiteiro através da entrega de 159 equipamentos, sendo 131 ordenhadeiras e 28 resfriadores. “Tivemos um saldo excedente de 544 mil, dinheiro proveniente dos juros do capital, que vai ser utilizado na compra de outros 26 resfriadores e 97 ordenhadeiras já para o começo de 2017”, informou.

Entre o que foi entregue este ano e o que está agendado, a Agência prevê números animadores para as famílias agrícolas que contam com os serviços da Agraer. “Serão mais de 400 itens repassados à agricultura familiar. Isso contabilizando o que foi entregue neste mês e o que virá a partir de 2017. Só em tratores estimamos a compra de 100 unidades”.

Para os agentes da agricultura familiar (técnicos agrícolas e agropecuários, zootecnistas, veterinários e engenheiros agrônomos), a perspectiva, no ambiente de trabalho, também é animadora. No dia 9 de dezembro, o diretor-presidente Enelvo Felini assinou um termo para liberação de R$ 1,1 milhão que permitirá a compra de 25 veículos e 25 notebooks, itens indispensáveis nas visitas, cursos e demais atendimentos de Ater.

Com a nova frota de automóveis e os aparelhos de informática, a intenção é oferecer melhor atendimento aos agricultores familiares e quem sabe com isso alavancar até mesmo os números de projetos do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) elaborados pelos servidores do órgão.

Plano Safra da Agricultura Familiar 2016/17

Para o Plano Safra da Agricultura Familiar 2016/2017 já foram contabilizados 3.429 contratos (2.265 de custeio e 1.164 de investimento) que representam R$ 108.239.949,54 acessados dos R$ 241 milhões deixados à disposição da agricultura familiar do MS desde julho deste ano. “Queremos avançar mais com os números de acesso no Estado. Contudo, se considerarmos o ano de crise econômica que se instalou no País é um valor considerável. A cautela é uma característica em tempos difíceis, mas nada que impeça novos avanços”, avalia Felini.

Pesquisa

Dentro do Cepaer (Centro de Capacitação e Pesquisa), a Agraer também vem injetando verba pública em obras estruturais para favorecer as linhas de pesquisa da agricultura familiar. “O Cepaer é nossa principal unidade de pesquisa e por isso, estamos com o prédio em reforma. São R$ 620 mil, em conta, para serem aplicados”.

Ainda em benefício da pesquisa, a diretoria busca investir em unidades demonstrativas. “Estamos com R$ 1,4 milhão também em caixa. É uma obra orçada em R$ 2,4 milhões para implantação de uma unidade que servirá de modelo aos produtores que buscam medidas para aumentar a produção tanto em proporção como em qualidade”.

Indígenas

No atendimento a classe indígena, a Agraer investiu R$ 274.812,75 pelo Proacin (Programa de Apoio as Comunidades Indígenas de Mato Grosso do Sul) que atendeu 15.170 famílias. Com o recurso foram adquiridos 514 sacos de sementes de milho, 450 sacos de feijão e 50.625 de óleo combustível.  O programa atende as etnias Guarani Kawioá, Guarani Ñandeva, Ofayé, Terena, Atikun, Kadiwéu e Guató.

E para 2017 já foram separados R$ 435 mil para reforma de tratores existentes nas aldeias e pelo Proacin serão R$ 553 mil para compra de 69.200 de óleo diesel, 578 sacos de feijão, 1.090 sacos de milho e 485 sacos de arroz. “Além do aumento do valor, o arroz é outro incremento no Proacin de 2017”, afirma.

Quilombolas

De acordo com Felini, o Proacin vem dando tão certo que um projeto similar será lançado em 2017 para atender as comunidades quilombolas do campo. Atualmente, o Estado possui 22 unidades sendo 14 comunidades rurais e 8 urbanas. “Vamos atender com combustível e sementes de feijão e milho. A estimativa é de que nesse primeiro momento sejam 303,5 hectares destinados ao plantio e que 405 famílias sejam  atendidas”.

Agricultores tradicionais

Com um viés semelhante também serão atendidos os produtores familiares tradicionais. “Temos 6 mil sacos de milho para serem entregues aos agricultores tradicionais e assentados. Calculando são 18 mil quilos de insumos que estão previstos para 2017”, contabiliza.

Crédito Fundiário

No que diz respeito ao sonho da terra própria, a Agraer encerra o calendário de 2016 com 831 famílias atendidas pelo Programa Nacional de Crédito Fundiário, uma parceria entre o governo Federal e o Estado. Das famílias atendidas, 407 já estão instaladas nos lotes e 424 que estão em fase de contratação para liberação dos terrenos.  

Ao todo, foram 6 propriedades rurais adquiridas, situadas nos seguintes municípios: Amambai, Jaraguari, Ribas do Rio Pardo, Rochedo, Pedro Gomes e Sidrolândia. Houve um investimento de R$ 26,420 milhões para viabilização dos latifúndios que darão origem a novos assentamentos. Entre aptos e não aptos, a equipe do Crédito Fundiário da Agraer percorreu 58 imóveis para vistorias, entrevistou 2.650 famílias e avaliou 15 projetos.

Novo Calendário Produtivo

Em termos de novas ações, os agricultores familiares devem ser beneficiados também com quatro novos projetos, além da construção da Ceasa de Dourados. “É uma obra que não deve passar dos R$ 5 milhões. Sabemos que há 14 anos já se pensou em algo parecido, mas que não passou disso. Quanto aos novos programas temos três na mesa do governador para aprovação os programas: Peixe Vivo, Quintal Produtivo e o Melhoramento Genético, com este último queremos inseminar 2 mil vacas ano até 2018. Além do projeto de erva-mate, que há R$ 2,7 milhões na conta da Agraer para fomentar o plantio entre os agricultores familiares”, explica o diretor-presidente.

Atualmente, Mato Grosso do Sul conta apenas com 350 hectares dedicada à erva-mate. Para suprir o consumo interno do produto é necessário uma expansão de 2 mil hectares. “90% da erva do nosso tereré vêm do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e do nosso vizinho, o Paraguai. Os R$ 2,7 milhões do projeto é fruto de uma emenda parlamentar do senador Moka com uma contrapartida do governador Reinaldo Azambuja”.

Para a área de piscicultura a Agraer contará com duas retroescavadeiras para construção de tanques. “O governador já nos autorizou a compra das máquinas que a gente vai utilizar para fazer os tanques pelo interior do Estado. Algumas parcerias devem ser feitas com o Mapa e as prefeituras para que possamos viabilizar mais máquinas. A ideia é fomentar a produção de peixe, em especial na região do leste do Estado que faz fronteira com São Paulo e tem forte potencial econômico neste setor”.

Já o Quintal Produtivo vai atender as famílias agrícolas, do Crédito Fundiário, com repasse aves (galinhas e galos) e mudas de plantas frutíferas. Um modo de incentivar a criação animal e a formação de pomares dentro dos sítios para consumo de subsistência e geração de renda. “Apesar de 2016 ter sido um ano difícil para todos devido a crise financeira, avalio que a Agraer conseguiu fechar bem os investimentos na agricultura familiar. Em parte, devemos muito as parcerias firmadas com deputados, senadores, prefeituras, bancos, instituições privadas e, lógico, o olhar atento do governo do Estado”, conclui Felini.

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