Quadro clínico da economia brasileira é relativamente ruim, porém estável
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1. Produção Industrial Chinesa: queda inesperada do indicador de produção
A China permanece sendo uma economia fortemente industrial e voltada para o exterior. Ou seja, grande produtora de bens manufaturados, grande importadora e a maior economia exportadora do planeta.
Se a produção industrial chinesa cai, a ociosidade da indústria global aumenta, isso é a tendência para preços de bens indústrias, principalmente de consumo, é de queda.
Outro efeito relevante da desaceleração industrial chinesa é a possível queda dos preços de commodities, que, em grande medida, ainda mantém-se elevados pela demanda daquele país. As duas notícias são ruins para o Brasil.
2. Juros americanos em queda
apesar da recuperação da maior economia global, o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, mantém sua postura de garantir combustível para a atividade econômica. Como a inflação nos Estados Unidos mantém-se bastante comportada, o presidente do FED Bem Bernanke tem dado claros sinais de que manterá a taxa de juros próxima de zero até que o processo de recuperação tenha consolidado-se.
Não há data para que isso ocorra e nem mesmo como saber exatamente o que é um processo consolidado, porém, parece que ainda há dúvidas quanto à capacidade dos mercados sustentarem a recuperação em condições normais, por isso a injeção de dinheiro será mantida e as taxas de juros ficarão baixas. Essa é a boa notícia para o Brasil.
Por enquanto, a liquidez internacional mantém-se elevada e não haverá problemas de financiamento do crescente déficit em Transações Correntes do país, que vai atingir 3% do PIB neste ano.
3. Inflação mantém-se elevada
Os indicadores prévios do IPCA mostram que a inflação continuará a rodar acima de 0,4% em maio, o que vai trazer o acumulado de 12 meses novamente para cima do teto da meta.
Há grandes problemas estruturais que mantém a inflação elevada no Brasil, além de um processo indexatório que coloca gasolina na fogueira da inflação. Independente dos motivos, o desemprego permanece baixo, o consumo interno cresce acima do PIB e da oferta interna.
Esse cenário gera pressão de preços e amplia o déficit externo do País. A descompressão disso só se dará com redução do consumo, seja do governo, seja das famílias (os investimentos da indústria já estão nos patamares mais baixos da série histórica). Qual será o primeiro a cair para fazer o ajuste?
Conclusão
O quadro clínico da economia brasileira é relativamente ruim, porém estável. O que garante que a situação não se deteriore no curto prazo (com redução das exportações, dos preços de commodities, pressão de preços e baixa capacidade de investir e poupar) é o fato de que o Banco Central americano não decidiu restringir a liquidez, o que garante bons fluxos para o mundo inteiro, dado o tamanho daquela economia.
Se essa liquidez for cortada, o Brasil passará por vários problemas ao mesmo tempo: desvalorização do real que pode pressionar inflação, redução da capacidade de financiar consumo interno, menor captação de poupança externa e aumento do custo de capital com queda de produção nacional.
O país deve descomprimir seu consumo interno enquanto isso pode ser feito ordenadamente, sem uma crise cambial ou restrições internacionais severas. Tomara que essa descompressão não venha do lado das famílias, mas é muito difícil acreditar que o setor público vá cortar gastos em sua própria carne.
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