Terça-Feira 28/10/2025 11:52

Elize fala hoje em reta final de júri; para MP, será "bem contra o mal"

Brasil - Ações Judiciais - Julgamento Popular

(Foto: MISTER SHADOW/ASI/ESTADÃO CONTEÚDO)

Quatro anos depois de confessar a morte, o esquartejamento e a ocultação do cadáver do marido, o empresário Marcos Kitano Matsunaga, a bacharel em direito Elize Matsunaga, 35, será interrogada neste sábado (3) pelos jurados e pela defesa sobre sua versão dos fatos, ocorridos em maio de 2012 em São Paulo.

Inicialmente previsto para durar cinco dias, o julgamento entra hoje no sexto dia no Fórum Criminal da Barra Funda (zona oeste de São Paulo) naquela que, de acordo com o Ministério Público, será uma espécie de "luta do bem contra o mal".

Elize não responderá às perguntas da acusação – representada no júri pelo promotor José Carlos Cosenzo e pelo assistente dele, o advogado da família Matsunaga Luiz Flávio D'Urso. Com isso, só responderá aos questionamentos formulados pelo juiz, Adílson Paukoski, pelos jurados e pela defesa, representada no júri pelos advogados Roselle Soglio e Luciano Santoro.

De acordo com a advogada, a decisão de não responder à acusação foi tomada porque "ela não quer falar a quem não quer ouvir a verdade". "Ela falará à defesa, ao juiz, obviamente, e aos jurados, que estão muito interessados na causa dela. Ela vai trazer a verdade", declarou.

O promotor de Justiça, por sua vez, ponderou que a impossibilidade de a ré responder às questões da acusação não deve prejudicar a tentativa de condená-la à pena máxima – no caso, 33 anos pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e destruição e ocultação de cadáver --, já que, na avaliação dele, "a defesa fez um belo trabalho, mas não há mais como sustentar tudo aquilo o que ela (Elize) fez".

Segundo Cosenzo, "vai ser o bem conta o mal". Sobre as perguntas da acusação, resumiu: "Seu eu pudesse perguntar, esse júri não acabaria neste sábado. Acho que, para mim, o julgamento está definido; tudo o que tinha de acontecer, aconteceu", concluiu.

A fase de depoimentos terminou na noite desta sexta-feira (2) com dois amigos de faculdade de Elize, com quem ela cursou direito em uma universidade privada de São Paulo. 

Ambos conheceram Elize antes de ela se casar com Matsunaga, em 2007. Para a advogada Tânia Esteves, uma das testemunhas, a ré era "uma pessoa tranquila, discreta, amiga de todo mundo, com boas notas". "Ela selecionava as amizades dela", disse, negando que Elize tenha comentado, em algum momento da amizade, sobre o abuso que teria sofrido do padrasto, no interior do Paraná. A informação foi divulgada na quinta (1º) pela tia de Elize, Roseli de Araújo, também testemunha da defesa.

Sobre Matsunaga, com quem Elize já se relacionava, ela afirmou que ele "era ciumento". "Geralmente, quando a gente saía para ir ao shopping, ele ligava várias vezes e queria se certificar de que estávamos junto com ela", afirmou Tânia, segundo a qual, um mês antes do crime, Elize teria pedido a ela indicação de uma advogada da família porque queria se separar do marido.

A outra testemunha, o advogado José Américo Machado, disse que se sentava ao lado de Elize na turma de direito. "Era discreta, reservada, educadíssima", descreveu. Machado contou que a amiga, que, segundo ele, já o ajudou com uma cesta básica, teria comentado um dia, em um desabafo, sobre o abuso na adolescência – mas sem muitos detalhes. "Não ficou claro se foi o padrasto que abusou dela, ou se ele tentou, ela contou para a mãe, e ela não quis acreditar", relatou.

Questionada pelo advogado da ré se, na faculdade, ela se portava como garota de programa – condição pela qual conheceu Matsunaga --, Machado foi taxativo: "De jeito nenhum. Ela, aliás, rechaçou vários colegas de sala que se interessavam por ela, inclusive, um determinado professor", afirmou.

Professor dele e de Eliza no curso, Santoro, em tom de brincadeira, fez questão de dizer que não era ele. "Minha esposa está aqui", afirmou, apontando para outra advogada da defesa, Juliana Santotro. "A Elize não deixava as pessoas chegarem até ela. Mas, de triste, ela nunca teve nada", definiu a testemunha.

Reprodução/Band

 

Perito contesta versão de que vítima foi esquartejada viva

Além dos dois amigos, o dia no júri foi praticamente tomado pelo depoimento do perito criminal e médico legista Sami El Jundi. Ele rebateu a versão da acusação e do laudo de necropsia da época, segundo o qual Matsunaga havia sido morto com um tiro de curta distância e esquartejado ainda vivo.

El Jundi afirmou que o projétil da arma usada por Elize – uma pistola semiautomática – atingiu áreas vitais no interior do crânio, algumas delas, fundamentais para a respiração humana. Outras amostras do corpo retiradas de áreas de circulação, segundo ele, também não indicaram reações vitais após o tiro.

"A morte se deu pelo tiro, não tenho dúvida nenhuma disso", afirmou. "Foi verificada uma fratura grande de uma área responsável pela respiração, o que não foi percebido no exame de necropsia original", disse.

Uol

Compartilhar faz bem!

Eventos

  • 1º Encontro dos Amigos da Empaer

    1º Encontro dos Amigos da Empaer

    Cidade:Dourados
    Data:29/07/2017
    Local:Restaurante / Espaço Guarujá

  • Caravana da Saúde em Dourados II

    Caravana da Saúde em Dourados II

    Cidade:Dourados
    Data:16/04/2016
    Local:Complexo Esportivo Jorge Antonio Salomão

Veja Mais Eventos

Balcão de Oportunidades / Empregos(Utilidade Pública)

Não é cadastrado ainda? Clique aqui

Veja todas as ofertas de vagas

Cotações

Indisponível no momento

Universitários

Serviço Gratuito Classificados - Anúnicios para Universitários
Newsletter
Receba nossa Newsletter

Classificados

Gostaria de anunciar conosco? Clique aqui e cadastre-se gratuitamente.

  • Anúncios

Direitos do Cidadão

Escritório Baraúna-Mangeon Faça sua pergunta
  • Tem uma senhora dai de Campo Grande que é uma estelionatá...Tem uma senhora dai de Campo Grande que é uma estelionatária aqui em Cuiabá, levou muita grana nossa, e uma eco esporte. Ela se chama LEUNIR..., como faço pra denunciar ela aí nos jornais?Resp.
  • Boa tarde, minha sogra teve cancer nos seios e retirou um...Boa tarde, minha sogra teve cancer nos seios e retirou um eo outro parcial ja faz um bom tempo que nao trabalha e estava recebendo auxilio doença mas foi cancelada e ja passou por duas pericias e nao consegui mais , sera que tem como ela aposentar?Resp.
  • quanto porcento e o desconto para produtor rural hoje out...quanto porcento e o desconto para produtor rural hoje outbro de 2013Resp.
  • meu irmao cumpriu dois ano e meio de pena foi asolvido 7 ...meu irmao cumpriu dois ano e meio de pena foi asolvido 7 a zero caso ele tenha alguma condenacao esse 2 anos e meio pode ser descontadoResp.
  • gostaria de saber se ae em muno novo vai ter curso pilota...gostaria de saber se ae em muno novo vai ter curso pilotar maqunas agricolas?? se tiver como fasso pra me escreverResp.
+ Perguntas

Espaço do Leitor

Envie sua mensagem:
Sugestões, críticas, opinião.
  • iraci cesario da rocha rocha

    Procuro minha irmã Creusa Maria Cesario ela era de Dracena SP , minha mãe esta idosa 79 anos precisa ver ela se alguem souber nos avisa ..contato 018 996944659 falar com Iraci ..minha irmã foi vista nessa região

  • iraci cesario da rocha rocha

    Boa noite , estou a procura da minha irmã Creusa Maria Cesario desapareceu ha 30 anos , preciso encontrar porque minha mãe esta com 79 anos e quer ver , ela foi vista ai por essa região , quem souber nos avise moramos aqui em Dracena SP

  • maria de lourdes medeiros bruno

    Parabéns, pelo espaço criado. Muito bem trabalhado e notícias expostas com clareza exatidão. Moro na Cidade de Aquidauana e gostaria de enviar artigos. Maria de Lourdes Medeiros Bruno

  • cleidiane nogueira soares

    Procuro por Margarida Batista Barbosa e seu filho Vittorio Hugo Barbosa Câmara.moravam em Coração de Jesus MG nos anos 90 .fomos muito amigos e minha família toda procura por notícias suas.sabemos que voltaram para Aparecida do Taboado MS sua cidade natal

  • Simone Cristina Custódio Garcia

    Procuro meu pai Demerval Abolis, Por favor, me ajudem.Meu telefone (19) 32672152 a cobrar, Campinas SP.

+ Mensagens