PF inicia 8ª fase da Operação Acrônimo e mira licitações da Saúde
Brasil - Ações Policiais - Operação Acrônimo
Ao todo, são vinte mandados judiciais que estão sendo cumpridos no Distrito Federal e nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Foto: Polícia Federal deflagra mais uma fase da Operação Acrônimo (Vagner Rosário/VEJA)
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira a oitava fase da operação Acrônimo. De acordo com os investigadores, o objetivo é recolher mais elementos que possam ajudar a esclarecer a atuação de uma organização criminosa especializada na obtenção de benefícios junto ao Governo Federal por meio de pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos.
Ao todo estão sendo cumpridos vinte mandados judiciais sendo onze conduções coercitivas e nove mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
A operação está focada em dois inquéritos policiais que apuram dois eventos distintos da investigação. Um deles se refere à cooptação e pagamento de vantagens indevidas para fraudar licitações no Ministério da Saúde, beneficiando gráfica da propriedade de um dos investigados. O outro é a interposição de empresa na negociação e pagamento de vantagens indevidas a agente público, para obtenção de financiamentos de projetos no exterior pelo BNDES, nos seguintes países: República Dominicana, Angola, Cuba, Panamá, Gana e México, no interesse de uma grande empreiteira do Brasil.
A ação desta quinta foi determinada pela 10ª Vara Federal do Distrito Federal e é um desdobramento da investigação que tramita no Superior Tribunal de Justiça.
Nesta terça-feira, a PF cumpriu mandados de condução coercitiva contra o empresário Felipe Torres, ligado à família do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), e contra Sebastião Dutra, da empresa Color Print. Segundo os investigadores, Dutra teria omitido notas fiscais falsas para uma empresa que fez obras no restaurante e para a campanha de Pimentel.
A Acrônimo investiga esquema de corrupção envolvendo a liberação de empréstimos do BNDES e outros atos em troca de pagamento de propina para Fernando Pimentel. Na época dos supostos fatos ele era ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio no governo Dilma Rousseff.
Em maio, Pimentel foi denunciado pela Procuradoria da República. O Ministério Público atribui a ele os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. De acordo com a denúncia, Pimentel foi beneficiário de propina de 2 milhões de reais para favorecer a Caoa, entre 2011 e 2014 – primeiro mandato de Dilma.
O governador também foi acusado, em delação premiada do empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, de receber 20 milhões de reais do Grupo Caoa. Desse total, segundo o delator, 7 milhões de reais foram repassados diretamente a Pimentel no exterior. O restante teria sido usado na campanha.
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