Eólicas economizam R$1,6bi e evitam emissões de 1,2mi T de CO2 em 2012
Brasil - Energia - Parques Eólicos
Mesmo com mais de 600MW de parques eólicas parados por falta de conexão no ano passado, a geração eólica no Brasil ajudou a economizar cerca de R$1,6 bilhões que seriam gastos para despachar usinas térmicas e evitou a emissão de 1,2 milhão de toneladas de CO2.
Estes foram alguns dos resultados do balanço anual do setor eólico que a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeolica) lançou nesta segunda-feira (15/04).
“Se as eólicas não existissem, teríamos ligado mais térmicas e o custo teria sido maior”, disse Élbia Melo, presidente executiva da associação durante uma entrevista coletiva.
O custo, diga-se de passagem, também inclui a emissão de CO2, pois quando se despacha térmicas, se queima gás natural, óleo combustível ou diesel. O que é insignifcante no caso da energia eólica.
Por causa da estiagem do ano passado, o Operador Nacional do Sistema (ONS) – que controla o funcionamento diário do setor eólico – teve que recorrer às térmicas para evitar zerar os reservatórios da hidroelétricas. A regra é que as térmicas de mais baratas são ativadas primeiro e depois, as mais caras.
Como novas eólicas começaram a funcionar em 2012, adicionando nada menos que 1GW ao sistema, elas forneceram parte desta energia que teria que ser suprida pelas térmicas. Assim, o país economizou o que teria que ser pago ás térmicas, ou seja, a diferença entre o preço da energia eólica (de uns R$100/Mwh a R$200/Mwh) e a térmica (que gira em torno de R$800/MWh).
Este custo será reteado entre todos os consumidores nas contas futuras que, apesar de não ter peso significativo para o consumidor residencial, pode fazer a diferença para grande consumidores, disseram os executivos da Abeeólica.
O balanço eólico de 2012 também confirmou uma tese que vinha sendo divulgada pelo setor: a complementariedade do sistema eólico com o sistema hídrico. Ou seja, é exatamente quando se tem menos chuvas que se tem os melhores ventos.
“A curva de geração mostrou que maior geração eólica ocorreu nos momentos de maior estiagem”, disse Élbia.
Se todas as térmicas estivessem funcionando, os benefícios teriam sido maiores.
Hoje, a capacidade instalada eólica é de 2,7GW (dados de final de março), mas apenas 2,1GW estão conectados. Em dezembro de 2011, tínhamos cerca de 1,4GW.
Mas os problemas de conexão continuam: até o final do ano teremos um total de 6GW de eólicas instaladas, mas 1,3GW ainda não vão ter conexão, segundo a Abeeólica.
“Como estamos acostumados a planejar o sistema de transmissão para hidroelétricas que levam anos para serem construídas, estamos ainda aprendendo a planejar para o setor eólico que leva um ano e meio”, disse Otávio Silveira, presidente do conselho da Abeeólica.
Segundo a entidade, o governo está incluindo nos planejamento das linhas de transmissão previsão da localização dos locais de maior potencial eólico e deve tomar medidas para casar melhor o desenvolvimento do Sistema Interligado Nacional com as renováveis, como Eólicas.
Um dos problemas é que a maior parte do potencial eólico brasileiro se encontra no semi-árido da e litoral do Nordeste, região subdesenvolvida para o qual não se previu conexões elétricas.
Revista Sustentabilidade/RMC
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