Dólar sobe 1% com ação do BC e preocupações fiscais
Brasil - Economia - Aumento
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O dólar fechou em alta de 1 por cento frente ao real nesta quarta-feira, após o Banco Central intervir no mercado pela quarta sessão consecutiva para elevar as cotações e em meio a preocupações com a possibilidade de o governo interino de Michel Temer se contentar com uma meta fiscal pouco ambiciosa para 2017.
O viés local se sobrepôs aos mercados externos, onde a divisa dos Estados Unidos tinha leve queda frente às principais moedas emergentes devido à alta dos preços do petróleo. Mesmo assim, preocupações com a opção do Reino Unido por deixar a União Europeia mantiveram os ânimos contidos.
O dólar avançou 1,09 por cento, a 3,3370 reais na venda, acumulando avanço de 3,85 por cento em quatro sessões seguidas. O dólar futuro subia cerca de 1 por cento no fim desta tarde.
"A atuação repetida (do BC), mas com lotes pequenos, é um sinal claro de que o mercado exagerou quando levou o dólar para patamares tão baixos", disse o operador da corretora B&T Marcos Trabbold.
O BC ofertou e vendeu integralmente pela quarta sessão seguida 10 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares, reduzindo sua exposição cambial em 2 bilhões de dólares. O ritmo é lento em comparação com a postura adotada pelo BC sob a batuta de Alexandre Tombini, que antecedeu Ilan Goldfajn como presidente da instituição.
Tombini usou swaps reversos para reduzir a posição da autoridade monetária em swaps tradicionais, que equivalem a venda futura de dólares, de cerca de 100 bilhões de dólares no fim de 2015 para pouco mais de 60 bilhões de dólares quando deixou o cargo no mês passado.
O BC passou mais de um mês sem realizar leilões de swap reverso mas retomou o instrumento na semana passada após o dólar marcar a maior queda mensal em 13 anos em junho, embalado pelo otimismo cauteloso dos investidores com o Brasil.
Investidores também preferiram estratégias defensivas antes da definição da meta fiscal de 2017, com medo de o governo estabelecer objetivo que não implique grande esforço fiscal.
A expectativa é que o rombo primário projetado para o ano que vem fique abaixo dos 170 bilhões de reais previstos para este ano, mas há discordâncias dentro do governo sobre a estimativa exata.
"O mercado deu o benefício da dúvida para o governo Temer até agora, mas a contraparte é que ele precisa demonstrar comprometimento com o fiscal. Se isso não acontecer, o mercado azeda", disse o operador de uma corretora internacional.
Pela manhã, o movimento no mercado local espelhou também a alta da moeda norte-americana no exterior, onde preocupações com possíveis impactos econômicos provocados pela saída britânica da UE novamente levou investidores a evitarem ativos de alto risco.
Mas o dólar reduziu a alta ao longo da tarde conforme os preços do petróleo passaram a subir. A perspectiva de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, possa demorar mais para elevar os juros devido ao referendo britânico também ganhou força após a divulgação da ata de sua última reunião, ajudando a alimentar o humor.
Exame/PH
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