Polícia conclui inquérito sobre estupro coletivo e indicia sete
Brasil - Ações Policiais - Inquérito
Foto: Divulgação
A delegada Cristiana Bento, da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav), afirmou nesta sexta-feira que concluiu o inquérito que investiga o estupro coletivo da adolescente de 16 anos, no Morro da Barão, Zona Oeste do Rio de Janeiro, em maio deste ano. Segundo ela, sete pessoas foram indiciadas, algumas pela prática do estupro e outras por divulgar as imagens do crime nas redes sociais.
O crime aconteceu no dia 21 de maio, depois que a jovem passou cerca de seis horas em um baile funk. Por volta das 7 horas, ela foi com Raí para uma casa, juntamente com outro casal, de onde foi levada desacordada para o abatedouro - como é conhecido o casebre na favela.
Dois dos indiciados já estão presos. São eles: Raí de Souza, de 22 anos, e Raphael Duarte Belo, de 41 anos. Os outros cinco suspeitos, que estão foragidos, são: Sergio Luiz da Silva, conhecido como "Da Rússia" e apontado pela polícia como o chefe do tráfico na região; Moisés Camilo de Lucena, de 28 anos, traficante que foi reconhecido pela vítima; Perninha, de 17 anos, apontado como responsável pela gravação das imagens; Marcelo Miranda da Cruz Corres, de 18 anos, e Michel Brasil da Silva, de 22 anos, esses últimos responsáveis por divulgar as imagens da garota desacordada e nua.
"Trabalhamos com provas técnicas, e provamos a participação de sete, mas não descartamos o depoimento da vítima. Temos prazo para conclusão do inquérito e esses envolvidos estão indiciados. Se houver novos fatos, [outros] serão indiciados também", afirmou a delegada, referindo-se ao depoimento da vítima de que 33 homens participaram do estupro.
Na entrevista concedida nesta sexta-feira, o delegado Ronaldo Oliveira, direitor-geral das Delegacias Especializadas, também comentou sobre o delegado Alessandro Thiers, que esteve à frente das investigações do caso, mas foi afastado após ser acusado pela jovem de tê-la culpado pelo estupro. Depois de tomar o depoimento da jovem e de outros três suspeitos de envolvimento no crime, Thiers colocou em xeque a versão apresentada pela menina e declarou, em entrevista coletiva, "que seria leviano comprar a ideia de estupro coletivo" enquanto o caso não estiver "esclarecido".
Nesta sexta, Oliveira disse que Thiers está de férias, "aguardando uma nova nomeação". "Ele já trabalhou em várias unidades. É importante destacar que o trabalho do Alessandro foi de suma importância para a Cristiana, eles se completaram", disse.
Agência Brasil /PH
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