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Em 1936, Agemor Radiche fundou o primeiro cinema de Ladário. Localizado na antiga Rua do Portão, o local funcionava sob a coordenação de Jarbas Pirato.

A nova atração do município considerada como uma das mais modernas existentes na época, na região pantaneira passou a ser monitorada pela Marinha do Brasil em 1962, e a partir deste ano ganhou o nome de Cine Marinha.

O prédio, considerado histórico na cidade funcionou como Cinema até 1972. Curiosamente, conta-se que naquela época o local era utilizado para brincadeiras de crianças, em horário de sessão, também foi palco de grandes romances.

Após anos sem utilização, em 2009 quando assumiu a prefeitura pela primeira vez, o prefeito José Antonio Assad e Faria abriu as novamente as portas do antigo Cine Ladário e utilizou o espaço para a realização de eventos, exposições culturais, palestras e cursos desenvolvidos pela administração municipal.

Na Pré Conferência de Cultura de 2013 foi reivindicado pelos artistas um espaço especifico para a divulgação do trabalho.

Em 2016, o Prefeito José Antonio imaginou que aquele local poderia ser transformado numa casa que abrigasse toda produção cultural do município, criando assim em Ladário uma instituição especifica para difundir a riqueza e o talento dos artistas ladarenses.

E nesta terça-feira, 07 de junho, a idealização foi realizada com sucesso pelo município por meio da Fundação de Cultura em parceria com a Marinha do Brasil em comemoração aos 151 anos da Batalha Naval do Riachuelo.

“Não é possível falar deste espaço sem lembrar a Heloisa Hurt, pois foi ela quem voltou os nossos olhos para este lugar que a partir de hoje acolherá a nossa Casa da Cultura. É preciso que todos tenham amor por este lugar que é de todos os ladarenses e principalmente da nossa cultura, dos nossos costumes e dos nossos artistas”, enfatizou o prefeito, José Antonio Assad e Faria.

Na ocasião ele ainda agradeceu o empenho da Diretora Presidente da Fundação de Cultura, “quero parabenizar e reconhecer o trabalho da nossa grande Wanessa pelo empenho e dedicação em se desenvolver este projeto que hoje se transformou em realidade, ajudando a difundir a cultura e a tradição da nossa cidade”, afirmou.

A Casa da Cultura é um espaço voltado para a classe cultural, moradores e turistas que passeiam por Ladário. No espaço também funcionará a sede da Fundação de Cultura. “Os nossos artistas são os nossos protagonistas e a eles eu tenho que agradecer. Nós estamos trabalhando juntos para que a nossa cidade ganhe cada vez mais visibilidade e notoriedade na cultura nacional. Atualmente já cumprimos quatro metas do Plano Nacional de Cultura e isso já é a consequência da evolução positiva de Ladário. A equipe da Fundação de Cultura transferiu sua sede para o mesmo local com o intuito de facilitar o atendimento aos artistas e também aos turistas e visitantes que irão vir conhecer o local”, disse a Diretora Presidente da Fundação de Cultura, Wanessa Rodrigues.

O prédio que foi todo revitalizado pelos militares da Marinha do Brasil em comemoração aos 151 anos da Batalha Naval do Riachuelo, abrigará exposições, artesanatos, artes plásticas, livros de autores ladarenses, entre outras opções de entretenimento. “Trouxe meu artesanato para expor com muita alegria, esta casa será a morada dos artistas e veio em boa hora para nós”, comemorou o artista ladarense, Sebastião Brandão.

Para o vereador Jorge José Pinto De Castro no ato representando o Poder Legislativo, a inauguração é um avanço no aspecto cultural do município, “parabenizo a todos esta realização, acompanhei o esforço para resgatar esse espaço que é importante para a história de Ladário e do Mato Grosso do Sul por ter sido o primeiro espaço de cinema da região. Nesses dias temos participado de eventos conjuntos em homenagem a Batalha Naval e nada melhor do que estarmos aqui hoje, resgatando o valor cultural desta área que a Marinha iniciou seus trabalhos em conjunto ao município almejando o bem estar dos munícipes”.

A inauguração contou com apresentações culturais dos artistas da terra, a apresentação do curta metragem: Nos Trilhos do Trem Fantasma, do Projeto Semear que levou a leveza da dança e a sonoridade da música boa ao público, bem como a exposição de artesanatos, fotografias, artes plásticas e degustação de comidas típicas.

“É a primeira vez que entro neste espaço e eu me senti em um filme onde em cada capitulo se conta um pouco da trajetória do município. Eu espero que a cultura tão bonita nascida aqui continue e se fortaleça ainda mais”, afirmou o estudante da Escola Estadual 02 de Setembro, Joneto Freitas.