Quilombolas atendidos na Caravana comemoram oportunidade de consulta com especialista
Saúde - Direitos Humanos
Foto> Chico Ribeiro
Enxergar o mundo de maneira correta e sem as imperfeições que as doenças nos olhos impõem é o desejo da maioria dos pacientes que procura a Caravana da Saúde do Governo do Estado. Para o aposentado Antônio Borges da Silva, de 75 anos, ter a visão de volta é mais do que isso, é ter liberdade e “não ficar preso na dependência por outras pessoas”.
Antônio Borges é descendente dos quilombolas, povo que sofreu durante a escravidão no Brasil. Ele e outros 50 remanescentes das comunidades Tia Eva e Chácara Buriti, de Campo Grande, foram atendidos com consultas e exames oftalmológicos da Caravana da Saúde nesta quarta-feira (25). “É uma oportunidade ótima, estamos gostando muito”, contou o aposentado.
Segundo o subsecretário de Políticas Públicas para a Promoção da Igualdade Racial e Cidadania, da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (Sedhast), Carlos Versoza, a maioria dos quilombolas sequer tem acesso aos atendimentos básicos de saúde, seja pela demora do sistema público ou pela distância entre as comunidades e os postos de saúde. “Essa é maior demanda deles”, contou. “Por isso, dar essa oportunidade é uma felicidade muito grande”, emendou.
Para facilitar a locomoção, um ônibus da Caravana da Saúde buscou os pacientes nas comunidades em que eles moram. A recepção no Centro de Convenções e Exposições Albano Franco, onde é realizada a Caravana, ficou por conta da vice-governadora Rose Modesto. “Os quilombolas são pessoas que muitas vezes são esquecidas. Nós fazemos um trabalho de acompanhamento com eles, desde que eu comandava a Sedhast, e nosso objetivo aqui na Caravana é tornar essas pessoas visíveis e mais saudáveis”, contou Rose.
A ação foi aprovada pela aposentada Luzia de Arruda Silva, de 76 anos, que mora na comunidade Tia Eva. “Muitos moradores da comunidade não conseguem ir ao médico, por isso eles [equipe da Caravana] darem esse atendimento é motivo de alegria”, contou. Vivendo na comunidade Chácara Buriti, a mais de 30 quilômetros de Campo Grande, o músico João Aires Domingos, de 60 anos, tem como alegria tocar trompete na igreja, mas, como enxerga mal por causa de um problema no olho direito, enfrenta dificuldades.
“Tem dois anos que fui fazer um óculos e descobri que tinha uma doença. O médico disse que eu tinha que operar o mais rápido possível. Mas eu nunca consegui uma vaga, mesmo tendo o pedido”, disse ele. Depois de dois anos enxergando mal, João “vê” na Caravana da Saúde a tão sonhada chance de curar os olhos. “Vai ser a maior felicidade da vida”, afirmou ele.
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