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Considerada pelo empresariado como a segunda melhor data do ano em movimentação no comércio, o Dia das Mães, comemorado no segundo domingo de maio, promete não ser como nos anos anteriores em Dourados, de acordo com a pesquisa de intensão de compra feita pela Fecomércio/MS (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso do Sul) junto ao Sebrae/MS e IPF/MS (Instituto de Pesquisa Fecomércio-MS).

O material divulgado nesta segunda-feira (25)mostra expectativa de queda de R$ 6,2 milhões em comparação há 2015, quando a previsão era de movimentar 16,9 milhões, com gasto médio de até R$ 200 por presente.

Já para 2016, a pesquisa mostra que o valor de movimentação está em R$ 10,7 milhões e o consumidor pretende gastar em média R$ 131,93.

Os dados foram divulgados durante uma coletiva de imprensa realizada no Sindicom (Sindicato do Comércio Atacadista e Varejista de Dourados). Entre os itens mais escolhidos pelos consumidores, estão vestuário (30,1%), perfumes (21,8%), cosméticos, calçados, bolsas e acessórios, com 12,4%. Outros itens que entraram na lista estão flores, utensílios de cozinha, objetos de decoração, livros, eletrônicos, eletrodomésticos entre outros.

Segundo o presidente do Sindicom, Valter de Castro, os motivos para a queda sem dúvida é a crise econômica que o país vive, mas mesmo assim é preciso pensamento positivo e também momento de o comerciante realizar formas de chamar o cliente.

"Não é apenas Dourados pelo que tenho visto é a nível de Brasil. Se compararmos a cidade com os demais centros não tivemos tanta queda, mas o fato é que o consumidor está mais cauteloso, o poder aquisitivo teve uma queda e com isso eles estão analisando tudo antes de comprar", disse o presidente.

A pesquisa foi realizada entre os dias 8 e 18 de abril, nela mostra ainda como os consumidores veem a situação financeira comparada ao ano passado que mostra pessimista sendo que 53% acredita estar pior, já 30,5% fala que está igual e 16,5% está melhor. Entre as formas de pagamento estão 68,7% no dinheiro, no crédito 18,1%, 9,6% parcelado e 3,0% no débito.

Lojistas

O Dourados News esteve visitando algumas lojas do comércio da cidade, em busca da expectativa de venda para a data. A alegação de todos é pensamento positivo mesmo que o cenário não mostre isso. Para eles é momento de inovar para atrair o cliente.

"A expectativa é boa apesar do quadro que mostra. É uma época que vende bem tanto por ser o ‘Dia das Mães’, quanto pela mudança no clima. Pelo que notamos de alguns presentes que já foram adquiridos conosco, o valor será de R$ 150", comentou Tânia Bitencour, gerente de uma loja de confecções.

Assim como Tânia, o também gerente José Aparecido Torres, conta que acredita que será boa ainda mais que a previsão climática é de frio nos próximos dias e isso ajuda a favorecer as vendas.

"Vai ser boa, como a previsão é de clima frio nos próximos dias isso contribui. Não podemos desanimar com o cenário econômico atual o jeito é trabalhar buscar vender, atrair o cliente com novidades, promoções e um bom preço. Creio que o consumidor gaste em média de R$ 150 reais", pontuou Torres.

Na visão do consumidor

A redação também esteve conversando com alguns consumidores, sobre os produtos e também o valor que pretende gastar com o presente para o ‘Dia das Mães’, o que mostra sem bem diferente da pesquisa.

A professora Flávia Eidt, 35, conta que não pretende gastar muito e aproveitou a manhã desta segunda-feira (25) para pesquisar um item de decoração que pretende presentar a mãe, e o valor não deve ultrapassar R$ 70.

"Vou pesquisar e se encontrar algum item de decoração bonito e dentro do meu orçamento R$ 50, vou levar. No máximo pretendo gastar R$ 70", disse.

A auxiliar de serviços diversos, Gilsiani de Souza Pinheiro,42, moradora em Ipezal conta que veio a Dourados para atendimento médico, no entanto vai aproveitar e levar o presente da mãe, e assim como Flávia, o valor máximo é de R$ 70.

"Vou aproveitar que aqui tem mais opções e já vou levar o presente. Hoje vou pesquisar, o momento é de economia as mercadorias estão muita cara, e temos outras prioridades", desabafou.