Decepção marca primeira noite dos removidos da Cidade da Deus
Geral - Promessa não cumprida
Fotos: Divulgação/MídiaMax
A primeira noite das famílias removidas da favela Cidade de Deus, localizada no bairro Dom Antônio Barbosa, para a área doada pela Prefeitura de Campo Grande, no bairro Vespasiano Martins, foi marcada por decepção. Desde esta segunda-feira (7) eles foram transferidos para o local para dar início a construção dos novos barracos. Diferente do que foi prometido, a prefeitura forneceu apenas lona e pregos. A ajuda para construir os barracos não se cumpriu, e muitas famílias dormiram no escuro e no relento.
Nessas condições, os primeiros habitantes do local não escondem no semblante a decepção do que encontraram. Quem esperava melhores condições, do que as que tinha na Cidade de Deus, diz que a situação é ainda pior do que a que viviam.
Primeira a ter o barraco demolido na Cidade de Deus, Ramona Ximenes, de 34 anos, mãe dois filhos, um de 12 e outro de 2 anos, conta ter dormido no relento, cuidando seus pertences. “Dormi nas cadeiras com muito mosquito e no escuro. Não tem iluminação pública ao redor, não tem no terreno. Tem os padrões mas não foi instalada ainda”, diz.
Ela ainda revela que a promessa de que haveria funcionários da Prefeitura na reconstrução do barracos não se confirmou. Segundo ela, os servidores chegaram, jogaram o material no terreno e muitas peças se quebraram. “Tive que começar o barraco sozinha e dormir aqui ao lado para que ninguém invadisse, para que ninguém pegasse minhas coisas”, reclama.
Outra reclamação da removida é o fato de o filho mais velho estudar na Escola Municipal Tomaz Girardelli, e agora, ter que se deslocar cerca de 5 quilômetros para ir estudar.
Quem também está descontente é Júlio César da Silva, de 28 anos. Ele diz que a mudança dele foi feita por volta das 15 horas e até agora não dormiu, pois teve que levantar o barraco sozinho. “Uma decepção. Não era isso que a gente esperava. A gente esperava uma melhor estrutura e acabou por ser pior do que a gente estava”, diz.
Outro problema relatado por ele é a altura do lençol freático. Segundo Júlio César ao escavar para para fincar os caibros no solo para levantar o barraco, sentiu a água já com 80 centímetros escação. Ele diz temer que em pouco tempo a base do barraco fique apodrecida.
Ele mora com a mulher e dois filhos, de 11 e 2 anos. E o filho mais velho também sofre com a mudança, pois assim como o filho de Ramona, estuda Escola Municipal Tomaz Girardelli. Devido a isso, as crianças não foram para a escola hoje.
Já Edna Marcelino, de 58 anos, diz estar feliz. Ele conta que agora não corre mais o risco de ser acordada com policiais na porta. “Sei que cantinho é meu. Não corro mais o risco de acordar e ter polícia na frente do barraco, dizendo para sair”, afirma.
Ela diz ainda que conseguiu levantar o barraco parcialmente e dormiu tranquila. “Estendi o colchão no chão, mas já com cobertura”, finaliza.
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