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Bilionário e um dos heróis dos desenvolvedores independentes de games, o sueco Markus Persson é mais conhecido por ser a mente por trás da criação de "Minecraft". O game, que ocupa o posto de jogo mais vendido da história dos PCs, cativa pela simplicidade e também por dar asas à criatividade dos jogadores, permitindo que eles criem o que vierem a desejar em um ambiente que chega a ter oito vezes a área do planeta Terra.

Persson - ou Notch, seu apelido - ganhou ainda mais notoriedade após a aquisição da Mojang, empresa fundada por ele, pela gigante Microsoft, em um negócio no valor de US$ 2,5 bilhões, concretizado em novembro de 2014. Hoje com 36 anos, ele é adepto de gastar sua fortuna com festas e bens como uma mansão de US$ 70 milhões e jatinhos. O programador voltou a ser personagem de discussões na metade desse ano, quando disse que o fato de ser rico tornou sua vida "solitária". 

CINCO CURIOSIDADES SOBRE MARKUS "NOTCH" PERSSON

Longe de Minecraft

Engana-se quem pensa que Notch só abandonou "Minecraft" quando a Mojang foi vendida para a Microsoft, em novembro de 2014. Ele já não lidava com o jogo muito antes disso. 

Curiosamente, Notch deixou de ser diretor criativo do game assim que sua versão final foi lançada, no final de 2011. De lá para cá, ele trabalhou em outros projetos, chegando a entrar em uma disputa com a gigante Bethesda por conta do nome de "Scrolls", game de estratégia com carnas colecionáveis. Após um acordo judicial, a Mojang garantiu o direito de manter o nome original do game.

Custo-benefício impressionante

Um sucesso como "Minecraft" certamente passou anos sendo desenvolvido, correto? Errado: o game foi criado por Notch em um período inferior a uma semana. Em uma era de superproduções, que são elaboradas em anos e nem sempre alcançam sucesso comercial, a criação sueca certamente é um caso à parte.

O curto período de desenvolvimento tem explicação: Notch criou "Minecraft" em seu tempo livre e queria apenas finalizar o trabalho e partir para o próximo jogo. Isso explica o lançamento do game em uma versão alfa, em 2009, que chegou a vender cerca de 800 mil cópias até o lançamento do beta - uma média impressionante de mais de 1.300 unidades por dia -, no final de 2010. Essa versão, por sua vez, alcançou 1 milhão de cópias até o lançamento do game completo, em novembro de 2011.

Minecrush? Candycraft?

Em 2004, Notch começou a trabalhar na Midasplayer, que viria a se tornar a empresa chamada King.com. Sim, o nome é familiar: trata-se da criadora de games como "Candy Crush", sucesso nos dispositivos móveis e provavelmente um dos games mais jogados entre usuários de transporte público no Brasil. 

A passagem pela empresa durou até 2009, quando Notch e seu amigo Jakob Porsér deixaram a empresa para se dedicar exclusivamente à Mojang. Sim, a sua criação "Minecraft" já permitia que Notch e seus sócios vivessem exclusivamente dos ganhos com o jogo.

Autodidata

Apesar de estar por trás da criação de um dos games mais jogados do mundo, Notch não fez cursos específicos para a criação de games. Na verdade, ele sequer terminou o Segundo Grau. 

O máximo que ele fez foi um curso de programação online, ainda assim, obrigado pela mãe. Todo o conhecimento restante foi adquirido por conta, desde a chegada do primeiro computador em sua casa. O resultado é que, aos 18 anos, ele já trabalhava como programador. Uma trajetória bastante incomum para uma pessoa que, hoje, ministra palestras bastante concorrida.

Do Lego à programação

A inspiração para criar "Minecraft" pode ser atribuída à uma experiência de infância de Notch. Viciado em brincar com as peças de Lego quando criança, essa obsessão só foi deixada um pouco de lado aos oito anos de idade. 

Foi quando seu pai adquiriu um computador Commodore 128. Notch chegava a fingir estar doente para faltar à escola e ficar em casa mexendo na máquina. Engana-se, contudo, quem pensa que ele passava seu tempo jogando no aparelho: na verdade, ele gastava horas escrevendo códigos para a máquina. O resultado é que, nessa idade, ele criou seu primeiro programa, um jogo de aventura baseado em textos.