Domingo 08/06/2025 22:07

Livro-reportagem registra a pluralidade sociocultural campo-grandense na atualidade

Ações Públicas - Pluralidade

Foto:Divulgação

O livro-reportagem Gentes de Campo Grande, já em sua 2ª edição e que será lançado nessa segunda-feira, 28, às 19h30, no Marco (Museu de Arte de Contemporânea) pela Editora UFMS, registra em suas 360 páginas um instantâneo sobre o caldeirão multiétnico e interétnico formado por diferentes grupos sociais radicados na capital sul-mato-grossense. Com reportagens, entrevistas e artigos assinados por jornalistas, sociólogo e antropóloga, a obra aborda a história, inserção, perfil cultural, manifestações folclóricas, religiosas, relações e interações de nove grupos sociais e surpreende pelo foco na atualidade e pela valorização do patrimônio social anônimo na cidade de Campo Grande.

Estão retratados no livro alguns dos grupos sociais de maior expressão como os Japoneses, Gaúchos, Povos do Oriente Médio e Armênia, Paraguaios, Pantaneiros, Negros, Índios na Cidade, Nordestinos, mais os moradores do Aero Rancho que representam no livro os migrantes vindos do interior sul-mato-grossense e de estados vizinhos que vivem nos grandes conjuntos habitacionais da Capital. O objetivo dos autores é revelar um pouco mais de nossa trajetória sociocultural, em parte desconhecida ou mal sabida.

O livro nasceu da observação mais apurada sobre este universo multicultural intrigante que é Campo Grande. Uma cidade linda que oferece oportunidade para todos, mas deixa a desejar nas relações sociais. Nitidamente é uma sociedade marcada por “ilhas” culturais, que provoca a pergunta “quem nós somos?”. “Observamos que as tradições não permanecem intactas, estão sujeitas as transformações consequentes das novas demandas sociais e das relações interétnicas, isso envolve sentimentos de apego, desapego e absorção do novo e gera certa tensão, mas não impede a integração e a humanização nas relações e na construção da sociedade que queremos”, ressalta a organizadora da publicação, jornalista Loisa Mavignier.

Autores

A obra reúne capítulos assinados pelas jornalistas Loisa Mavignier (organizadora), e Márcia dos Reis Meggiolaro, e artigos do sociólogo Paulo Cabral e da antropóloga Yara Penteado. A fotografia é do jornalista Everson Tavares e de apoiadores culturais que cederam fotos para o projeto. A designer Marina Granja Arakaki assina a capa, arte e diagramação. A revisão de textos é de Angela Maria Silva. Também colaboraram na produção o escritor Augusto Proença e a jornalista Marta Freire Audi.

Coletividade e congraçamento

O objetivo deste trabalho, segundo os autores, é provocar uma reflexão sobre esse mosaico de etnias, credos, costumes e tradições identificando e valorizando a contribuição e a valorização de cada grupo na construção da identidade cultural campo-grandense. “Dessa forma queremos provocar o sentimento de coletividade e congraçamento entre as culturas aqui radicadas e quebrar esse gelo social de que tantos reclamam. Acredito que tendo maior conhecimento sobre a história e a cultura do outro, passamos a compreender melhor as nossas diferenças”, explica   Loisa Mavignier.

Para a antropóloga Yara Penteado, a sociedade campo-grandense foi formatada em diferenças e aproximada em semelhanças, na busca de uma identidade que a caracterize como local. “Acho mesmo que Campo Grande foi aprendendo, aqui e ali- ademais como todo processo de construção de uma nova forma de se assumir como um local, em um novo lugar – a absorver traços de todos os que aqui estavam e que chegavam, misturando tudo num cadinho para nele amalgamar, passo a passo, uma feição que lhe seja genuína, campo-grandense mesmo. Não acho que ela já esteja “pronta”. Está em formação”, escreve ela em “Procura-se uma identidade”.

A jornalista Márcia Meggiolaro observa que, o diferencial do Gentes de Campo Grande, é o registro de como esses novos representantes transformaram traços culturais, modos de ser e de saber de seus antepassados em releituras modernas de tradições seculares e até milenares. ”Os personagens trazem muita riqueza cultural e a história de cada um daria uma obra específica. São modos de ser singulares que todos se orgulham de pertencer, contar e mostrar como se transformaram em novos sujeitos da história, sem contudo, abandonar suas tradições e saberes”, ressalta a jornalista.

Respeito à diversidade

Para os autores, ao dar o seu selo para a 2ª edição do Gentes de Campo Grande, a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, por meio da Editora UFMS, reafirma o compromisso com a constituição da cultura, em que está inserida, e busca desenvolver o olhar de respeito à diversidade sociocultural regional e promover o intercâmbio entre os povos e regiões formadoras desta realidade sul-mato-grossense fortemente representados na Capital, sede histórica desta Universidade.
“Produzir cultura em Mato Grosso do Sul ainda é uma luta diante das dificuldades para se conseguir apoio. Para se materializar um projeto é preciso acreditar e persistir. Para nós é muito gratificante receber a chancela da Editora UFMS e constatar a sensibilidade da Reitora Célia Maria Silva Correa Oliveira em oferecer à sociedade um retrato de nossa coletividade que congrega em suas telas diferentes matizes e modelos surgidos das suas raízes”, destaca Loisa Mavignier, ressaltando que a 1ª edição do livro foi produzida com apoio do FMIC/FUMDAC 2012.

Notícias MS/RMC

Pluralidade Sociocultural, Atualidade, Trajetória

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