Sexta-Feira 22/08/2025 17:39

Em MS para solucionar conflito, ministro é recebido com protestos

Ações Públicas - Busca de Entendimento

José Eduardo Cardozo cumpre agenda em Campo Grande nesta quarta. Situação em Antônio João é tensa e até o Exército faz segurança na região.

(Produtoras rurais protestam em frente à governadoria - Foto: Anderson Viegas/ G1 MS)

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, está em Mato Grosso do Sul para intermediar solução para o conflito entre fazendeiros e indígenas no extremo sul do estado.

O clima está tenso na região desde o dia 22 de agosto, quando índios invadiram uma propriedade. Um  guarani kaiowá já morreu e o Exército atua no município.

A Fundação Nacional do Índio (Funai) diz que as áreas ocupadas já foram homologadas como indígenas, que reivindicam as terras e também a retirada do gado das fazendas.

Cardozo e a secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki, o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Leandro Daiello, cumprem agenda nesta quarta-feira (2), na governadoria, em Campo Grande, e não devem ir para Antônio João, a 301 quilômetros da capital sul-mato-grossense, onde índios permanecem em três propriedades rurais.

Eles foram recebidos com dois protestos na entrada da governadoria. Um de duas produtoras rurais que possuem fazendas invadidas em Aquidauana, município que não está na área de conflito, e outro de cerca de 10 pessoas do Sindicato dos Servidores do Judiciário Federal de Ministério Público da União.

Protestos
Mônica Carvalho e a irmã, Miriam Corrêa, disseram que protestavam contra a morosidade em solucionar a questão agrária e que a situação causa insegurança. Uma das produtoras estava com máscara.

Já os servidores protestavam contra veto do governo federal. É que a União vetou a recomposição de 53% de perdas salariais da categoria.

Reuniões
Na agenda da comitiva constam reuniões, em horários diferentes, com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), com o arcebispo da Arquidiocese de Campo Grande, Dom Dimas Lara Barbosa, com produtores rurais e ainda com indígenas. Ao fim do dia está prevista entrevista coletiva.

Também devem participar das reuniões os secretários de estado Eduardo Riedel; Sérgio de Paula e Silvio Maluf e representante do Comando Militar do Oeste (CMO) e da Procuradoria-Geral do Estado.

A primeira começou com duas horas de atraso e participam a comitiva federal, Dom Dimas e o Conselho Indiginista Missionário.

Tensão
A situação em Antônio João começou a ficar tensa em 22 de agosto, quando índios ocuparam uma fazenda e fizeram os moradores reféns. Somente com a intervenção do Departamento de Operações da Fronteira (DOF) é que a família foi libertada.

A partir de então, outras propriedades rurais foram ocupadas. Ontem, os índios saíram de uma delas e da sede de duas. No galpão da primeira havia resto de fogueira e muitas latas de cerveja.

Na sexta-feira (28), a Funai havia informado que 700 indígenas guarani e kaiowá ocupavam fazendas na região e que eles reinvindicavam terras e a retirada de gado das propriedades.

No sábado (29), fazendeiros que tiveram propriedades ocupadas deram início ao processo de retomada da sede da fazenda Barra. De acordo com a Polícia Militar de Antônio João, eles decidiram retomá-las 'à força' após uma reunião com autoridades políticas no Sindicato Rural da cidade.

Ainda no sábado, por volta das 15h, foi encontrado o corpo de um indígena de 24 anos, que teria sido morto com disparo de arma de fogo quando estaria bebendo água em um córrego dentro da fazenda Fronteira, uma das áreas ocupadas pelos índios e que estava sendo retomada pelos produtores. O caso é investigado pela Polícia Federal (PF).

Por conta da tensão na região, o prefeito de Antônio João, Selso Lozano (PT), decretou situação de emergência. A medida, conforme ele, foi tomada para auxiliar tantos as famílias do distrito de Campestre, que fica na área de conflito, e que acabaram deixando suas casas com medo dos reflexos da disputa fundiária, quanto os indígenas, que estariam passando fome.

Operação
Por determinação da  presidente Dilma Rousseff, a pedido do governador do estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), foi desencadeada a “Operação Dourados” com objetivo de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), devido à situação ter alcançado “grandes proporções”. A operação  atuará na região por 30 dias.

A presidência autorizou o uso das Forças Armadas na região, que engloba Aeronáutica e Marinha. Mas, por enquanto, somente o Exército vai estar na região. As tropas do CMO já estavam na região e vão atuar em Antônio João, Aral Moreira, Bela Vista e Ponta Porã.

Ontem, militares do Exército Brasileiro bloquearam o trecho da MS-384 que dá acesso às três fazendas ocupadas por indígenas em Antônio João.

Conforme divulgado pela seção de comunicação social do Comando Militar do Oeste (CMO), serão enviados de 1,2 mil a 1,5 mil homens da 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada de Dourados, distante 214 quilômetros da capital sul-mato-grossense.

G1

Estado, ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, Regina Miki,

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