Empresários enfrentam 'crise' com venda de salgados a R$ 1 em MS
Negócios - Moeda Valiosa
Foto: G1 MS
A moedinha de R$ 1 nunca valeu tanto em Campo Grande como nos últimos meses. Embora não há um dado oficial sobre novos empreendimentos do tipo, é nítido que em todo bairro existe uma lanchonete, restaurante ou algum espaço que comercialize salgados a este preço. São chipas, enroladinhos, pastéis, esfirras, risoles e coxinhas que “sustentam” muitas pessoas e ainda carregam diferentes histórias de sucesso.
Funcionário há 22 anos em um frigorífico, José Maria Pereira Maciel, de 50 anos, se desesperou ao saber da sua demissão.
Com um problema de nascença nas vistas, que o deixou cego do olho direito, ele teria poucas perspectivas. No entanto, foi em meio às frituras que ele encontrou um meio de montar o próprio negócio e, há seis meses, possui uma pequena lanchonete na rua Albert Sabin, Jardim Anahy, região oeste da cidade.
“Eu aproveitei o fato de saber manipular bem os alimentos, ter higiene e entendimento nesta área para montar o meu próprio negócio. Aqui no bairro também optei por um preço camarada e assim vira uma troca. Eu ajudo os meus clientes e eles me ajudam. Bem o jeitinho do brasileiro, que dá um jeito para tudo mesmo”, brincou Maciel.
Além dele, a esposa ajuda no atendimento aos clientes. Nos salgados, o lucro é pequeno, apenas R$ 0,30 por unidade. O percentual um pouco maior fica com a venda do suco natural de laranja e cajú.
“Tenho como pagar as contas e a prestação de um veículo. Mas busco crescer e inclusive estou procurando um ponto em um local mais movimentado, como a rua 14 de julho”, comentou ao G1 o empresário.
A vendedora Sueli Vieira Rocha, de 32 anos, disse ser "cliente fiel" destes locais. "No caminho do meu trabalho eu já paro para comprar a chipa e tomar um suco fresco de laranja. Não tem nem o que falar muito, porque é um preço ótimo e com um salgado gostoso. Para mim, compensa muito mais do que comprar pão, manteiga e outras coisas para comer", garantiu Rocha.
Carência
Ao perceber a carência de lanchonetes com preço mais acessível, na rua que possui um dos "metros quadrados mais caros da cidade", a empresária Vivian Maria Pedra, de 30 anos, teve a ideia de incrementar um negócio já existente na Euclides da Cunha.
“Aqui existem muitos prédios para o público classe A. Porém, por outro lado, os funcionários e outras pessoas que trabalham por aqui não são classe A. E foi assim que percebi que muitas pessoas se organizavam para buscar chipas em um comércio distante, mas que compensava pela quantidade. E, ao abrir as chipas a R$ 1, vendi 700 já no primeiro dia de trabalho”, garantiu a empresária.
Com a "mão na massa", acompanhada dos irmãos e a mãe no caixa, Vivian disse que as próximas semanas possibilitaram o dobro da produção e assim por diante. Sobre a receita, a empresária conta que experimentou oito receitas diferentes de chipa até encontrar o ponto certo.
"Cinco meses depois a produção diária varia entre quatro a cinco mil unidades. São ao todo 14 funcionários em um empreendimento que jamais imaginei crescer tão rápido. O preço é interessante por conta da quantidade que vendemos e assim também repassamos um valor justo para o cliente", comentou a empresária.
Frente a crise
Para complementar a renda, a empresária Liane Penzo de Moura, de 39 anos, passou a vender chipas congeladas. Após nove anos com um restaurante na rua Joaquim Murtinho, no centro de Campo Grande, ela teve a ideia de "enfrentar a crise econômica" de maneira diferenciada, buscando algo atrativo para os clientes.
Há quatro meses a produção era de 400 chipas e e atualmente a produção varia entre 750 a 1.000 diariamente."Meu negócio vem crescendo diariamente e acredito que seja por conta da qualidade aliada ao sabor. O preço camarada é por conta da concorrência e o fluxo da venda, o que também atrai um ótimo público de consumo e revenda", avaliou a empresária.
Graziela Rezende/G1 MS/JE
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