Doar leite materno salva vidas e é mais fácil do que se pode imaginar; bombeiros recolhem doações
Estado - Saúde - Doação de Leite Materno
(Foto: Chico Ribeiro)
Campo Grande (MS) – A doação de leite materno é uma atitude que salva vidas. Muitos bebês internados nas UTIs neonatais que não podem ser alimentados pelas próprias mães, tem a chance de receber o benefício desse alimento com as doações. Com o leite materno a criança tem mais chance de recuperação, se protege de infecções, diarréias, alergias e se desenvolve com mais saúde. O que muita gente desconhece é que realizar um gesto tão nobre não exige grandes esforços ou sacrifícios.
Uma parceria do Ministério da Saúde com Governo do Estado – por meio das Secretarias de Justiça e Segurança Pública e Saúde -instituiu o projeto Bombeiros da Vida. Nele, os bombeiros militares atuam junto aos bancos de leite humano com o objetivo de aumentar a coleta, promover o aleitamento e reduzir a mortalidade infantil.
As equipes compostas por um bombeiro e uma técnica de enfermagem garantem toda a comodidade, levando os frascos e recolhendo as doações na casa das mães que participam do projeto de aleitamento materno. Em todo o estado somente duas cidades contam com bancos de leite que são Campo Grande e Dourados, justamente onde estão localizadas as UTIs neonatais.
O cabo W. Rocha, do Corpo de Bombeiros, que trabalha no banco de leite do Hospital Universitário, explica que Mato Grosso do Sul conta hoje com cinco unidades de banco de leite, sendo no HU, Hospital Regional, Santa Casa, Maternidade Cândido Mariano e Hospital Universitário de Dourados.
“Nossa equipe é composta por um bombeiro militar e uma técnica de enfermagem. Fazemos uma conscientização na maternidade, antes das mães deixarem o hospital. Explicamos que elas podem ligar no banco de leite de qualquer um dos hospitais e combinar conosco um horário em que elas estejam em casa. Ai, nós levamos os frascos esterelizados, ensinamos como fazer a ordenha e já combinamos um dia para buscar o leite armazenado, sem que as mamães precisem sequer sair de casa. E tudo sem nenhum custo”, explicou.
Números
Rocha informou que somente no banco de leite do HU são realizadas cerca de 15 visitas diárias. Atualmente são cerca de 20 bebes internados recebendo o leite doado. Ao todo são consumidos aproximadamente 2,2 litros de leite por dia e as doações atingem cerca de 2,7 litros por dia, vindas de 59 doadoras externas. “Os números são sempre aproximados porque todos os dias há doadoras entrando e saindo e no caso do leite coletado precisamos considerar que podem existir perdas”, explicou.
A técnica de enfermagem do banco de leite do HU, Elaine Arcanjo, declarou que seu trabalho é muito gratificante e que o aleitamento materno faz toda a diferença para os pequeninos. “Para nós que assistimos de perto o dia a dia desses bebes, a evolução com relação ao aleitamento materno é significativa e faz toda a diferença na vida dessas famílias”, afirmou.
Elaine disse que uma doação de 400 ml, por exemplo, que algumas mães conseguem produzir em uma semana, é possível alimentar quase 10 bebes prematuros. Dependendo do peso do prematuro, 1 ml já é suficiente para nutri-lo cada vez em que ele for alimentado. A técnica destaca que todo leite doado é analisado, pasteurizado e submetido a rigoroso controle de qualidade antes de ser ofertado a uma criança.
Salvar vidas
A assistente social Adriana Borges Gomes, de 35 anos, conta que começou a doar porque devido a grande produção, seu leite vazava muito. Na hora de entrar em contato com o banco de leite, Adriana se lembrou do tratamento que recebeu no HU, quando do nascimento de seu primeiro filho, o pequeno Eduardo, que hoje tem 4 anos.
“Na minha primeira gravidez, do Eduardo, eu tive problemas de pós parto. Tive que inclusive aprender a amamentar. Por conta desses problemas fui parar no HU e fui muito bem atendida lá. Quando a Fernanda, que está com quatro meses, nasceu, mesmo amamentando eu perdia muito leite. Usava aquelas conchas, para não vazar na roupa e jogava o leite fora. Um dia resolvi entrar em contato com o HU e após analise, a equipe descobriu que o leite coletado com a concha poderia ser doado”, contou.
Para Adriana a amamentação infantil é uma questão muito séria. “Eu pude amamentar meu primeiro filho até os 2 anos e meio. Agora, minha filha e ainda outros bebes que recebem a doação. É muito fácil e todo mundo pode doar. A equipe vem até a casa da gente, trazem os potes, nos ensinam, sem contar que é gratificante saber que estamos ajudando a salvar vidas. Me sinto realizada”, finalizou.
As mães que tiverem interesse em doar podem entrar em contato com os bancos de leite por telefone. Os números são os seguintes: 3345-3027 – Hospital Universitário de Campo Grande; 3378-2715 Hospital Regional; 3322-4174 Santa Casa; 3042-9994 – Maternidade Cândido Mariano; e 3410-3002 – Hospital Universitário de Dourados.
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