Quarta-Feira 05/11/2025 20:27

Estudantes da UFF acusam professor de machismo e racismo

Brasil - Educação - Professor Racista

Foto: G1

Duas estudantes da Universidade Federal Fluminense (UFF) acusam um professor da instituição por ofensas, uma delas de cunho racista, em uma atividade de greve que aconteceu no campus da Reitoria, em Icaraí, em Niterói, no dia 15 de julho. De acordo com Gabrielle D’Almeira, uma das estudantes ofendidas, a confusão começou quando o professor do curso de Economia André Guimarães Augusto discutia com um outro estudante da UFF.

Gabrielle conta que tentou saber o que estava acontecendo e o professor, visivelmente alterado, teria se voltado para ela e gritado: “vai se f**** você também, sua piranhazinha”. A jovem afirma que a agressão verbal a assustou, pois não esperava uma atitude como essa de um professor.

“Eu fiquei chocada na hora. Eu disse: ‘Como assim, você não pode falar assim comigo’. E imediatamente a gente começou a exigir o nome dele. Porque aí eu prestaria uma denúncia” conta Gabrielle.

A frase teria gerado uma grande confusão de estudantes que foram tomar satisfação com o professor. Com a intenção de pegar o nome do docente para entrar com uma queixa contra ele na universidade, Augusto teria proferido outro xingamento. A estudante Mel Gomes, aluna de Produção Cultural, amiga de Gabrielle, estava neste grupo. Depois de uma discussão, o professor teria se voltado para ela e dito: “não vou te dar meu nome porque você não é policial, sua preta”, em tom debochado.

As estudantes contam que, após a repercussão que o caso teve, foram procurados por outros estudantes que afirmam terem sido ofendidos pelo mesmo professor. “Nós decidimos que não ficaríamos caladas diante disso. Os alunos às vezes têm medo de alguma perseguição”, afirma Mel Gomes.

Gabrielle D’Almeida reafirma as palavras da amiga. “Para nós essas foram agressões são muito graves. E, no caso da Mel, é pior ainda, porque ele está praticando um ato de racismo”.

Professor nega racismo

Em entrevista ao G1, o professor André Guimarães Augusto disse que a confusão começou quando um estudante do DCE teria tentado retirar uma câmera das mãos de um jornalista da Associação dos Docentes da UFF (Aduff). Ele confirma que ofendeu Gabrielle, mas afirma que pediu desculpas pessoalmente e publicamente. Porém, ele nega a ofensa contra Mel.

“Havia uma situação de conflito e todos, estudantes e professores, estávamos muitos tensos. A ofensa em relação a Gabrille é verdadeira, mas na mesma hora me desculpei diretamente a ela pelo ocorrido. Publiquei em nota que me retratava cabalmente do ocorrido com a Gabrielle e me desculpei com todas as mulheres. Mas eu não usei a expressão ofensiva contra Mel. O que aconteceu foi que os estudantes pediam meu nome de forma extremamente agressiva após o episódio anterior. Fui cercado pela segurança patrimonial da UFF que fazia um cordão de segurança em torno de mim. Nesse momento disse a Mel que eu não daria meu nome porque ela não era polícia. Eu não usei a expressão pejorativa de cunho racial em nenhum momento de toda confusão”, diz Augusto.

O professor publicou uma nota através da Associação de Docentes da UFF reconhecendo que errou ao xingar Gabrielle, mas nega ter ofendido Mel. Em resposta, Gabrielle rebateu a nota afirmando que não aceita desculpas caso a ofensa à colega não seja reconhecida.

“Eu respondi a essa nota imediatamente tanto no site quanto no Facebook do sindicato que não havia possibilidade de me pedir desculpas se não pedissem desculpas para a Mel. Porque é muito fácil negar justamente o crime de racismo, que é inafiançável, ou injúria racial, que queima a ficha de alguém”.

As estudantes estudam a possibilidade de entrar com um processo judicial e planejam entrar com uma ação administrativa contra André Guimarães Augusto, que afirma que espera ter a chance de esclarecer os fatos. “Não posso admitir que seja alvo de acusações infundadas, mas acho que tudo pode ser esclarecido. Sou um profissional reconhecido e ajudei a formar vários professores e profissionais de reputação no serviço público. Em vinte anos de carreira não tenho nada que desabone a minha vida profissional”.

Mel Gomes afirma que este não seria o primeiro caso de racismo que sofreu na instituição. “Quando fui fazer a minha matrícula, gritaram ‘agora com esse Enem, qualquer macaco entra’”, disse a jovem.

Em nota, a UFF afirma que ainda não recebeu uma manifestação oficial por parte dos envolvidos no caso. Porém, logo que isso ocorra, a instituição promete averiguar e tomar as providências administrativas e legais sobre o assunto.

Cristina Boeckel/G1/JE

estudantes da UFF, professor da instituição, cunho racista, atividade de greve

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