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Durante o lançamento da pedra fundamental da Escola da Construção do Senai de Campo Grande nesta quarta-feira (22/07), em área na Avenida Rachid Neder esquina com a Rua Caxias do Sul, no Bairro Coronel Antonino, o presidente da Fiems, Sérgio Longen, anunciou que o empreendimento terá investimento de R$ 18 milhões e será ficará pronta em outubro de 2016. “É uma obra para atender a demanda da indústria da construção por mão de obra qualificada. Quero registrar a minha satisfação pessoal e também de toda a diretoria, pois essa é uma demanda antiga e necessária”, declarou.

Sérgio Longen destacou que o segmento conta hoje com 2.800 estabelecimentos, que juntos empregam atualmente 27.770 trabalhadores em todo o Estado, o que representa 21% de todo o contingente do setor industrial sul-mato-grossense. “A maior parte desses estabelecimentos, ou seja, 1.505, estão em Campo Grande, que empregam 19.506 trabalhadores, demostrando a importância da indústria da construção para o município e para o resto do Estado”, reforçou. A unidade vai atuar na profissionalização da mão-de-obra da cadeia da construção civil na Capital e região por meio de um programa de formação, que terá como foco a certificação de trabalhadores e a criação de um sistema de informações dos profissionais aberto às indústrias do segmento.

Para o governador Reinaldo Azambuja, a obra tem grande significado. “Esta obra representa muito, tanto para a cidade quanto para as pessoas que vão se qualificar. Termos uma Escola da Construção do Senai na Capital, em Mato Grosso do Sul, significa que teremos disponibilizada qualificação e formação. Parabenizo a iniciativa da Fiems”, declarou. Já o deputado federal Dagoberto Nogueira também enalteceu a iniciativa. “É uma Universidade de trabalho. O grande problema que Mato Grosso do Sul sempre teve é a qualificação, e esta escola vem em um excelente momento, diante das perspectivas de retomada de ações em habitação”, disse. 

Repercussão

O diretor-regional do Senai, Jesner Escandolhero, salientou que a Escola vai trabalhar o profissionalismo de toda a cadeia da construção. “Nesta cadeia também está prevista a marcenaria teremos cursos em diversos níveis e modalidades, da aprendizagem até superiores, além de assistências e consultorias às indústrias do Estado. Entendemos que é uma grande conquista de um dos setores importantes para a indústria do Estado”, afirmou. 

Para o presidente do Sinduscom (Sindicato Intermunicipal das Indústrias da Construção do Estado de Mato Grosso do Sul), Amarildo Miranda Melo, a Escola da Construção é uma importante conquista para o segmento. “É uma demanda antiga e que foi muito bem compreendida pelo presidente da Fiems, Sérgio Longen, pois ele sempre se mostrou interessado. A nossa maior dificuldade é a capacitação profissional e essa escola vem preencher esta lacuna, por isso temos muito a agradecer”, declarou. 

O vice-presidente da Fiems e vice-presidente do Sinduscon/MS, Alonso Resende do Nascimento, também apontou a realização de um grande sonho. “É um grande pleito do segmento, pois existe carência de mão-de-obra qualificada. O principal ganho é que teremos uma qualificação permanente”. 

O presidente do Sindmad/MS (Sindicato Intermunicipal das Indústrias de Móveis em geral, Marcenarias, Carpintarias, Serrarias, Tanoarias, Madeiras Compensadas e Laminadas, Aglomerados e Chapas de Fibras, de Madeira de Cortinados e Estofados no Estado de Mato Grosso do Sul), Juarez Falcão, destaca que a escola também vai agregar muito ao setor, pois ali também será contemplada a área de marcenaria e moveleira. “Teremos também qualificação e treinamento nesta área, o que para nós significa um sonho realizado”.

A obra

Segundo o diretor-regional do Senai, Jesner Escandolhero, no primeiro ano de funcionamento, a Escola da Construção de Campo Grande vai ofertar os cursos de pedreiro, armador, carpinteiro, pintor, encanador, gesseiro, técnico em edificações, tecnólogo em construção, técnico em móveis, marceneiro, desenhista em CAD e técnico em segurança do trabalho, que terão previsão de disponibilizar 2.100 vagas nos períodos matutino, vespertino e noturno. 

“O local oferecerá cursos de formação inicial e continuada para trabalhadores nas áreas da construção civil e pesada e marcenaria, além de consultorias tecnológicas, cursos técnicos, superiores em tecnologia e de pós-graduação para empresários e engenheiros. Também disponibilizará uma sistemática de desenvolvimento constante de novos produtos e serviços em educação, como assessoria e consultoria implementada e programações de eventos técnicos para disseminação de informações sobre o segmento”, detalhou Jesner Escandolhero.

O projeto de construção da Escola inclui cantina, sala de professores, sala de reunião, setores administrativos, secretarias, coordenação pedagógica, suporte de informática, coordenação, diretoria, reprografia, almoxarifado e sala de prestadores de serviço. Também estão previstos uma biblioteca, 11 salas de aula (três salas no térreo e oito salas no pavimento superior), um laboratório didático, uma oficina de instalações prediais, uma oficina de pintura, duas oficinas de pedreiro, uma oficina de gesso, uma oficina de carpintaria de obras e uma oficina de armador.

A Escola da Construção contará ainda com um laboratório operacional de marcenaria, uma sala de aula de marcenaria e sete baias para depósito de materiais (baia de areia, baia de pedrisco, baia de brita n° 1, baia de brita n° 2, baia para resíduos de entulho, baia para resíduos de serralheria e baia para resíduos de Marcenaria). O local terá também laboratório de materiais de construção, laboratório de solos e laboratório de concreto e ensaio, bem como um estacionamento com vagas para 38 automóveis e 24 motocicletas.