Coreia do Sul é o 6º importador a vetar a carne bovina do Brasil
Brasil - Alimentos - Entrada de Carne Bovina
A Coreia do Sul tornou-se ontem o sexto país a proibir a entrada de carne bovina brasileira em seu mercado por conta da confirmação de um caso “não clássico” da doença da “vaca louca” no Estado do Paraná, no dia 7 de dezembro. Mas, da mesma forma que Japão, China e África do Sul, os coreanos também compram volumes irrisórios do produto do Brasil, o que limita as perdas dos exportadores.
Até agora a exceção é a Arábia Saudita, destino de 3,1% dos embarques brasileiros de janeiro a setembro, uma vez que o Egito, outro importante importador, decidiu barrar apenas a carne paranaense, reduzindo o impacto a quase zero. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), as exportações brasileiras de carne bovina somaram quase 900 mil toneladas e renderam US$ 4,2 bilhões de janeiro a setembro de 2012. No período, os coreanos compraram 15 toneladas.
Enquanto o número de países que adotam barreiras à carne bovina brasileira aumenta, o governo tenta acelerar sua estratégia de defesa. Depois de passar ontem pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Paris, uma delegação do Ministério da Agricultura se reúne hoje em Genebra com diplomatas de vários países que cuidam de questões sanitárias. Na defensiva, a delegação brasileira preparou um encontro na própria missão brasileira para responder às inúmeras perguntas que chegaram de importadores.
A preocupação dos importadores é mais com o que pode acontecer a partir de agora do que com o caso atípico registrado no Paraná. A União Europeia, por exemplo, enviou várias perguntas ao Brasil, querendo saber se a carne da vaca morta aos 13 anos no Paraná entrou na cadeia alimentar. A resposta é não, segundo Brasília. Técnicos brasileiros vão reiterar que não há risco para a produção brasileira. Que não houve e nem há contaminação. E vão explicar o sistema que garante o status brasileiro de país com risco insignificante para o mal da “vaca louca”
Países de fato querem saber também o que o Brasil está fazendo em termos de vigilância, controle e exames laboratoriais. Outra indagação é o que foi feito com o rebanho criado junto com a vaca que sofreu o caso atípico. Existe uma certa hipocrisia por parte de importadores. O Japão, primeiro a proibir a carne bovina brasileira, teve um caso atípico de “vaca louca” em 2011, e sabe que há uma especificidade nessa situação.
Relatório da UE sobre enfermidades animais mostra que houve 28 casos de “vaca louca” na União Europeia em 2011 (17 do tipo clássico, mais perigoso para contaminação da cadeia alimentar). Em 2009, foram 67 casos, e, em 2010, 45 casos da doença no bloco.
Alguns negociadores de países compradores fazem diferentes comentários, sob condição de anonimato, sem querem assumir suas opiniões. Dos mais de 150 membros da OMC, cerca de 30 realmente contam, incluindo a UE (que responde por 27). E a maioria desses estará na missão brasileira em Genebra hoje.
Segundo o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Ênio Marques, a missão brasileira que desembarca em Genebra “convidou” diplomatas de outros países para uma conversa junto à OMC. Segundo ele, o Brasil cumpre as regras da OIE e o governo brasileiro vai cobrar que outros países também as cumpram.
“Existe o acordo sobre Medidas Sanitárias e Fitossanitárias (SPS), que tem que ser honrado. Esse acordo tem como objetivo garantir que as medidas sanitárias e fitossanitárias elaborados por países-membros da OMC não se transformem em obstáculos ao comércio”, disse Marques.
“Reconheço que nem todos os países possuem as suas legislações ajustadas à OIE e que deve ser dado um tempo maior para avaliação. Em março temos a reunião do Comitê SPS e é bom lembrar os outros países das obrigações e das consequências de quem não cumprir o acordo”, afirmou o secretário.
agroblog.com/KF
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