Quem era o nº 2 da Al Qaeda morto pelos EUA no Iêmen
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Foto:WikimediaCommons
São Paulo – A Al Qaeda na Península Arábica (AQPA), braço da rede Al Qaeda que atua nesta região, confirmou nesta manhã a morte de seu líder Nasir al-Wuhayshi. De acordo com o anúncio, ele morreu depois de um bombardeio realizado por um drone operado pelos Estados Unidos no Iêmen.
Al-Wuhayshi assumiu a liderança deste que é considerado um dos mais violentos e atuantes braços da Al Qaeda em 2009, mas era um velho conhecido do alto escalão da rede. No final da década de 90, conforme informa a entidade Council on Foreign Relations (CFR), ele teria passado quatro anos no Afeganistão como assistente de Osama Bin Laden.
Nascido em 1976 no Iêmen, al-Wuhayshi foi preso em algum momento depois de sua passagem pelo Afeganistão e estava em uma prisão de segurança máxima em Sanaa, capital iemenita. Em fevereiro de 2006, contou a CRF, ele e outros 23 terroristas conseguiram escapar.
Como líder desta franquia, al-Wuhayshi era o responsável pela organização e aprovação de alvos para ataques terroristas realizados pelo grupo e também pelo recrutamento de novos militantes.
Não demorou até que sua atuação chamasse a atenção dos EUA. Em 2010, passou a integrar a lista de terroristas mais procurados e a recompensa por informações que pudessem levar até seu paradeiro era de 10 milhões de dólares.
Três anos depois, sua importância no “organograma” da rede voltou a ganhar novos contornos quando foi designado como o número 2 da Al Qaeda global, imediatamente abaixo de Ayman al-Zawahiri, o sucessor de Bin Laden.
Segundo o Global Security, site especializado em assuntos militares, a AQAP é vista pelos EUA como o grupo mais ativo e perigoso conspirando contra o ocidente. Na visão de Michael Morell, ex-número dois da CIA, esta franquia representa uma ameaça maior para a segurança interna que o Estado Islâmico (EI).
E é por este motivo que a morte de al-Wuhayshi trouxe algum alento para o país. Para Paul Cruickshank, analista de terrorismo da rede de notícias CNN, o anúncio é “o maior golpe na Al Qaeda desde a morte de Bin Laden”.
Dentre os maiores ataques terroristas já realizados pela AQAP está a tragédia no jornal satírico francês Charlie Hebdo, que ocorreu o inicio do ano. Dois militantes ligados ao grupo invadiram o local onde fica a publicação e mataram doze pessoas, entre jornalistas e cartunistas.
Exame/JE
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