Diferença entre livro digital e de papel é pequena
Brasil - Tecnologia - Livro Digital X Livro em Papel
A chegada da Amazon ao país causa um furor explicável no consumidor brasileiro: a maior varejista on-line do mundo é conhecida pelas promoções e pelos preços baixos. Porém, por aqui os descontos não são tão agressivos.
A diferença entre os preços cobrados pelo e-book em relação ao livro de papel é bem menor da encontrada lá fora. O livro “A Casa de Seda”, por exemplo, custa R$ 38,23 em papel e o equivalente a R$ 18,40 na versão digital na Amazon americana, uma diferença de 52%.
Na Livraria Cultura, a versão impressa custa R$ 39, e a digital, R$ 27,50, uma diferença menor, de 31%.O diretor-executivo da Cultura, Sergio Herz, explica que as livrarias possuem limitações na definição dos preços, mas considera a diferença nos valores cobrados entre as versões impressas e digitais razoável e atrativa.
— Quem faz o preço do livro é a editora. Nós temos limitações — diz.
Por sua vez, editoras dizem que o desconto dado é o possível. Em média, a diferença é de 30%. Fabio Uehara, coordenador de Negócios Digitais da Companhia das Letras, explica que os custos envolvidos na produção de um livro não são apenas de impressão.
— O trabalho até chegar na gráfica permanece, não tem como sair disso. A política da empresa é trabalhar com a diferença de 30% entre o impresso e o digital.
Porém, numa busca aleatória, é possível encontrar até e-books mais caros que a versão impressa. É o caso de “Serena”, de Ian McEwan. Na Livraria Saraiva, o livro de papel custa R$ 31,20, e o digital, R$ 31,50.
Para o professor do Instituto de Economia da UFRJ Fabio Sá Earp, o que acontece no Brasil é um problema de filosofia de negócio. Segundo ele, o mercado editorial nacional está acostumado a vender caro com a alegação de que o consumo de livros no país é baixo. Nos EUA, diz o pesquisador, a lógica é vender barato para ganhar no volume.
— É um ciclo vicioso. É caro porque vende pouco e vende pouco porque é caro. É difícil mudar isso — diz.
A presidente da Câmara Brasileira do Livro, Karine Pansa, defende a política de preços adotada pelo mercado editorial. Ela critica a comparação entre os preços de livros impressos e digitais, pois são produtos complementares. Essa também é a posição de Sergio Herz, da Cultura. Segundo ele, a comparação que se faz com o livro é injusta.
— Cada produto é um produto. A música digital, por exemplo, ficou mais cara, mas ninguém fala nada. Se a pessoa comprar um single, vai pagar pouco, mas se comprar um disco inteiro, sai mais caro que um CD na loja.
O Globo/JE
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