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Campo Grande (MS)- Uma reunião pública na Câmara Municipal de Campo Grande discutiu a situação das ciclovias e ciclofaixas da capital do Estado. A partir de uma visita técnica de um grupo de ciclistas notou-se as principais dificuldades e problemas na infra-estrutura das vias específicas, em especial as localizadas na Avenida Afonso Pena.

Estiveram reunidos representantes do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Planurb), Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MS) Batalhão da Policia Militar de Trânsito (Bptran) e ativistas do ciclismo.

Entre os principais obstáculos apontados pela inspeção estão: falta de nivelamento das travessias, má conservação das calçadas, falta de cuidado com a jardinagem, pintura apagada, desencontro das ciclovias e sinalização. Campo Grande possui atualmente cerca de 80 km de ciclovias.

De acordo com Christina Manvailer, do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Planurb), existe um plano cicloviário que precisa de estudos aprofundados e adequações da cidade, como por exemplo, a redução de velocidade de uma determinada faixa de veículos para a então implantação de uma ciclofaixa.

O representante da Agência Municipal de Trânsito (Agetran), Paulo Kinoshita acredita que aos poucos haverá a interligação das vias específicas aos ciclistas, porém ainda não há prazo para que isso aconteça. Kinoshita afirmou ainda que a Agência Municipal tem previsão de implantar bicicletários nos terminais de ônibus da capital.

Para a gestora de educação do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MS) e representante do Bike Anjo, Elijane Coelho, também é preciso investir na educação dos condutores. “Nós estamos estudando a possibilidade de inserir questões nas provas teóricas referentes a ciclismo, relação motorista-ciclista e comportamento do ciclista” ressaltou.

Elijane argumentou ainda que “estamos passando por um processo de mudança de cultura, é preciso mostrar que é seguro andar de bicicleta na nossa cidade”.

O vereador Eduardo Romero, idealizador da reunião, acredita ser necessário “sintonizar as energias para solucionar os problemas” e apontou que a comunicação entre os órgãos responsáveis pela melhoria, cuidado e implantação das ciclovias é essencial para que haja um acordo e solução efetiva das demandas.

A Reunião Pública fez parte da série de eventos do Maio Amarelo, um movimento criado a exemplo do ‘Outubro Rosa’ e ‘Novembro Azul’ que tem como objetivo transformar o mês de maio em uma época de reflexão para a sociedade sobre a segurança viária e redução de acidentes de trânsito.

Diversas atividades estão previstas para acontecer ao longo do mês em Campo Grande, entre elas: abordagens educativas, palestras em instituições de ensino, visita técnica na ciclovia da Avenida Afonso Pena, reunião pública sobre ordenamento viário e fiscalizações de trânsito.